Quando os professores e formadores forem artistas sociais
Carlos Ribeiro | Praça das Redes | Coordenador e dinamizador da Caixa de Mitos, 11 de agosto 2020
A propósito das novas tecnologias nas escolas e nos dispositivos de educação-formação.
A invasão descontrolada e acrítica dos meios auxiliares de aprendizagem, principalmente os associados às tecnologias digitais, não facilitará a mudança que se espera e deseja na educação.Na inicial e na de adultos. Esta inversão nos meios poderá complicar e até camuflar os verdadeiros desafios que se colocam ao sistema, aos subsistemas e aos seus actores.
Ambientes pedagógicos
A reformulação dos ambientes pedagógicos que devem abandonar o modelo fabril/taylorista de forma radical e definitiva é sim questão relevante dos tempos que correm. Sem alteração do paradigma dominante não haverá progressão.
Artistas sociais
Espera-se que um modelo dominado pela liberdade e pelo enfoque no desenvolvimento humano de educação adopte como figura central a figura do “professor/pedagogo/artista social” cuja missão fundamental será “construir contextos de aprendizagem” em vez de “animar ou reproduzir conteúdos de manuais que condensam o conhecimento enciclopédico”.
Contextos de aprendizagem
Para cenarizar as aprendizagens todas as tecnologias são válidas, importa é que sejam mobilizadas, na sua diversidade, para qualificar e valorizar os contextos adoptados ou co-produzidos ou seja desenvolvidos com os próprios aprendentes.
Paixão pela educação
Os professores, os formadores os mediadores de aprendizagens não têm que ficar angustiados por terem que adoptar e assumir esta figura do pedagogo/artista social. Podem crer que a paixão pela educação resolve metade das dificuldades que podem emergir neste processo de transformação, que vale a pena viver!
Carlos Ribeiro