A liberdade de escolha do futuro profissional a que aspira

Um artigo a duas mãos de André Chauvet et de Agnés Heidet, ambos membros do Colectivo KELVOA – A Liberdade de escolha do respectivo futuro profissional – Será verdade? – escrito depois da Assembleia Nacional francesa ter aprovado um projecto de lei nessa matéria e que nos remete para uma análise das condições para que essa escolha ocorra realmente e para as fragilidades dos debate realizado no processo legislativo.

Um dos quadros de reflexão propostos no texto:

“Constatamos que a recuperação económica que estamos a observar não beneficia a todos e pode fortalecer desigualdades sociais. Esta matéria está claramente espelhada na publicação do Caderno de Encargos 100% inclusão (lutar contra o desemprego em massa, colocar em prática ações inovadoras com pedagogias renovadas, repensar a orientação / formação / emprego).
Por outro lado, parece também que os actuais desenvolvimentos societais com os desafios da inovação e dos novos usos resultantes da tecnologia digital exigem repensar modalidades de informação, de mobilização e de acompanhamento do público com uma oferta de serviços adaptada. Como já é o caso na formação, com o desenvolvimento do “ensino à distância”, novas engenharias devem ser desenvolvidas numa lógica de maior relevância e eficiência em todo o sistema. E a liberdade de escolha pode ser avaliada à luz de novos desafios nomeadamente a eqüidade social:será assim tão simples afirmar que todos têm capacidade de escolha por si-próprios? As questões do aconselhamento e e do acompanhamento às pessoas não deveriam ser repensadas neste quadro de múltiplas mudanças? São estes os desafios e a importância que o aconselhamento relacionado com as carreiras profissionais comporta”.

Carlos Ribeiro, 17 de setembro de 2018

Citação de extracto de texto de A Liberdade de escolha do respectivo futuro profissional – Será verdade? A. Chauvet e A. Heidet

Fotografia do site Xoah associado ao artigo