O vôo das experiências locais para um global mais solidário

No âmbito do projecto Alternativas e com uma organização da COOLABORA na Covilhã realizou-se ontem dia 30 de Outubro a sessão “Experiências Locais e Transformações Societais” que assentou em várias dinâmicas de reflexão, debate e sistematização de ideias e de propostas para o futuro, tendo em vista a progressão dos movimentos de base comunitária na sua intervenção local.

Numa primeira fase foram apresentadas comunicações relacionadas com experiências locais alternativas em Espanha e Portugal e foram ainda lançados novos temas de reflexão tidos ou indicados como provocações.

Numa segunda fase o debate foi muito interactivo e marcado por experiências e visões muito diferentes dos intervenientes, mas com uma preocupação comum: como avançar tendo em conta as experiências vividas e em curso e, que barreiras ultrapassar para afirmar de forma mais efectiva, na sociedade portuguesa, uma outra visão do “viver juntos” marcado por valores soclidários.

João Ferrão encerrou os debates com várias ideias-força e sugestões de aprofundamento em torno de referências fundamentais, tais como: a normatividade intrínseca aos movimentos; a dicotomia utopia/urgência, o macrocontexto e as condições para a afirmação de alternativas, o local e o localismo, a geografia dos sintômas, das causas e das soluções, a visão multiescalar, o nível translocal, a informalidade e os seus limites e o imperativo da erradicação das visões dicotómicas para agir em favor da harmonia entre os vectores da economia, do ambiente e da comunidade, para favorecer o desenvolvimento.

CR/Covilhã 30 de Outubro 2018, fotos CR/Caixa de Mitos

 

Denmark, what’s up in digital media literacy education?

“The Scandinavian governments have been a major factor in moving generations towards digital communication.

For example, in Denmark as a citizen you must communicate with all official organs through digital channels. This has forced older generations to learn some basic skills, just to be able to read post from the hospital, for example, and has provided motivation for people to learn to help themselves.

Everyone should be able to participate in ever-changing modern society.

There are also more elderly people on social media channels such as Facebook, Instagram and Twitter taking part in the general discussion of the day.

It is necessary for all to use technology, especially communication technology and channels, which can give a strong voice to dedicated groups. It does not matter if it is a question of abusing women, beating children or not taking care of educating and caring for the older generation – everyone should be able to participate in ever-changing modern society.

Learning itself it is best done in small groups, in short sessions where you start by explaining that it is not dangerous to push the buttons and that talking together on a social media channel is essentially no different from talking on the phone or sending a postcard.

I have had very fulfilling experience of working with the group 65+, both women and men. When they realised how easy things were, they learned quickly and willingly. It is overcomplicating things that is the problem.

Learning itself it is best done in small groups, in short sessions where you start by explaining that it is not dangerous to push the button.

I have run courses at the Continuing Education Centre at the University of Iceland and Akureyri, for example, and I think it would be time to start producing online courses where learning would happen step-by-step. What is important is to “talk the same language” and not move too fast.

I have many personal stories as well. The best one is my mother. She turns 86 this year and communicates and participates on Facebook. Lace-making is one of her big passions. She started learning Spanish, using Duolingo, to be able to better understand her Spanish friends in the different lace-making groups she frequently visits on Facebook.

She also has her own YouTube channel where she has learned to create playlists for different interests, and she behaves like a teenager. She cannot go to sleep because she immerses herself in watching the videos. She has also become an excellent teacher for her 80+ friends, showing them how to use Facebook.”

Marianna Fridjonsdottir

  • is a producer, writer, director, channel executive and web entrepreneur;
  • has been in the media business for more than 45 years, active in television and web broadcasting and consulting and lecturing on web communications and social media;
  • is the founder of ToonTV, a non-violent children’s web channel. She comes from Iceland and lives in Copenhagen

Fonte: ELM Magazine, autora Marianna Fridjonsdottir, fotografia ELM Magazine

CARTA ABERTA ao Presidente Fernando Henrique Cardoso

“Sou português, dramaturgo, encenador, também director do grupo de teatro A Barraca com Maria do Céu Guerra.

Desde 1980 deslocamo –nos ao Brasil com vários espectáculos e trabalhamos em conjunto com a vossa classe teatral. Criaram –se laços de amizade, confiança e extrema Fraternidade.

Sentimos o Brasil como uma outra Pátria e preocupa-nos a possibilidade de esse magnífico país cair nas garras da renascida águia Imperial Nazi.

A nossa experiencia Europeia é bem dolorosa, como todos sabem.

As divisões partidárias com a teimosia persistente do dogmatismo e sectarismo, a recusa de entendimento e acordo geral, conduziram ( e serão sempre o caldo cultura) de várias derrotas frente à barbárie desumana, ao analfabetismo intelectual e cívico, ao renascimento de massacres e vários Holocaustos.

Entre as guerras, alguns proeminentes intelectuais – Bertrand Russel, Romain Roland e muitos outros – tentaram levantar a bandeira da Paz contra a iminência da guerra total predatória. Esforço sério que não resultou, e até Zweig se suicidou no Brasil que ele nomeava como o país do futuro.

Como é possível não ver a nuvem negra que se espalha pelo mundo alimentada pelo vampirismo, pela falsa Ciência de verdadeiros Frankesteins que criam os monstros modernos das epidemias, das mentiras, das ilusões místicas, desarmando as vontades e o raciocínio?

Não resisto a recordar a experiência portuguesa.

O seu amigo Mário Soares foi presidente da República graças à decisão de Álvaro Cunhal  dando essa directiva de voto ao Partido Comunista.

O mesmo Mário Soares nos seus últimos anos foi o grande obreiro do início pela unidade de esquerda que iria tomar o Poder e tão bons resultados tem dado a Portugal.

O Brasil atravessa uma grave situação de crise e desespero.

È precisamente a altura de os parceiros progressistas se entenderem para evitar a catástrofe.

Para esse triunfo – em que todos acreditamos – a decisão de Fernando Henrique Cardoso apelar à unidade de voto contra Bolsonaro, o inimigo público nº 1, será um trunfo imbativel.

Assim o esperamos, bem Haja!

Hélder Mateus da Costa

Lisboa, 16 de Outubro 2018”