BREVES | O mundo investiu mais em energias renováveis que em fósseis

PRAÇA DAS REDES | 19 de fevereiro 2021 | BREVES | Transições

PELA PRIMEIRA VEZ, EM 2020, O MUNDO INVESTIU MAIS EM ENERGIA VERDE DO QUE EM FÓSSEIS


Pode parecer um ponto de inflexão. Enquanto as energias renováveis ​​chegaram a US $ 500 bilhões em investimentos em 2020, as da produção de petróleo e gás caíram para menos de US $ 400 bilhões.

É a primeira vez que os primeiros vencem os segundos … e com uma lacuna muito significativa! Resta saber se este é um epifenômeno ligado à crise global ou se estamos testemunhando o nascimento de um novo paradigma energético.

NOVETHIC

© Fonte Novethic

TRANSIÇÕES | Inação climática é crime. Estado francês condenado

PRAÇA DAS REDES | 18 de fevereiro 2021 | INFO | Transições

O Tribunal Administrativo de Paris condenou o Estado francês por inação climática. Trata-se de uma decisão histórica que certamente terá efeitos nas iniciativas futuras dos cidadãos que não baixam os braços e assumem a confrontação legal com os decisores políticos como uma domínio de expressão de cidadania ativa.

Histórico. O qualificativo tem fortes probabilidades de ser repetida por todos os media ao longo da semana. O Estado francês foi condenado por inação climática. O tribunal administrativo de Paris acatou o apelo do relator público de 14 de janeiro e reconheceu na sua deliberação de 3 de fevereiro a responsabilidade do Estado na crise climática.

Por outras palavras, o não cumprimento de seus compromissos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa é ilegal.

fonte Alternatives Economiques

EA | Uma rede informal de apoio à inclusão de migrantes e refugiados

PRAÇA DAS REDES | 8 de dezembro 2020 | Conclusões de Relatório

 Clara Costa Oliveira, Professora Associada com Agregação, irradia no seu contexto de intervenção imensas energias e incentiva aqueles que a acompanham a realizarem voos audazes, com destaque para os interventores na área da educação de adultos. Depois de um período sabático sistematizou no seu Relatório de Sabática as suas experiências e reflexões. Transcrevemos aqui as conclusões que incorporam ensinamentos relevantes para os atores da educação-aprendizagem ao longo da vida.

Este ano sabático mudou a minha vida profissional e consolidou epistemologicamente a investigação-acção que sempre empreendi, desde o meu mestrado. A importância de ser um entre pares na pesquisa quando se trabalha com pessoas, foi extraordinariamente reforçada, especialmente junto de população migrante e refugiada. Vali-me sempre da minha vinculação epistemológica e epistémica ao paradigma de complexidade, que aprofundei e desenvolvi face à educação não formal e informal, como alguns artigos demonstram, bem como os trabalhos científicos por mim supervisionados.

A vinculação ao paradigma da complexidade e à metodologia de investigação-acção suportam a inserção neste relatório académico de métodos aparentemente não académicos de pesquisa, mas que se revelaram fundamentais para a inclusão dos públicos acima mencionados, principal foco da concretização da investição-acção do ODS Educar para a Paz. Os documentos por mim produzidos, bem como textos de público-alvo, e de orientandos por mim  supervisionados, assim demonstram na avaliação desse tipo de actividades, promotoras de alegria e bem-estar, base da saúde de qualquer pessoa.

Seguindo Antonovsky (1987), descobri, reinventei e socorri-me de competências que possuía para poder intervir e formar quem comigo actuou junto daquele tipo de população-alvo. Nesse sentido, a formação certificada em dança e coreografia, bem como a não certificada em yoga e meditação de yoga (que pratico há 30 anos) foram assumidos como recursos de resistência para ajudar a que pessoas sem sentido de identidade, sem tecto, discriminadas, sem literacia, etc, se auto-organizassem autopoiticamente, ao seu próprio ritmo (Oliveira, 1999). De igual modo me foi muito útil ter começado a minha experiência como docente como professora do 2º ciclo de francês (com habilitações certificadas pelo curso completo da Alliance Française).

Trabalhar com migrantes e refugiados exigiu uma pesquisa que aqui não pode ser demonstrada; estudar com pormenor diferenças intra religiosas (para além da inter religiosa, obviamente), compreender a situação geo-política de zonas do mundo que me pareciam distantes, pesquisar danças com cariz antropológico e religioso, é algo que foi continuamente sido feito, e ainda continua. Coordeno, após o ano sabático, uma rede informal de apoio à inclusão de migrantes e refugiados, onde todos agimos como voluntários, em todas as áreas que nos é solicitada ajuda. Esta rede comunica continuamente com pesquisadores nacionais e brasileiros da mesma área, bem como ji«unto da EPALE, cujos resultados deveriam ter sido apresentados no âmbito desta sabática, no Congresso Internacional do CEHUM, acima mencionado, e que por duas vezes teve que ser adiado, estando agora previsto para Abril de 2021.

A dimensaõ artística foi utilizada em todas as actividades mencionadas como relacionadas com a Educação para a Paz, bem como na supervisão e formação de técnicos superiores de educação em danças circulares; veja-se em especial os relatórios 1,2,8,9, do Quadro 1.

Aquando do Congresso do CEHUM acima mencionado, espero ter já escrito um artigo em co-autoria com um dos refugiados dos quais fui mentora do ACM sobre a filosofia da educação de Gulen, assim como ter adiantado um livro digitalizado sobre precursos de fuga de algumas das pessoas com as quais partilhei a pesquisa empreendida neste ano sabático; vários testemunhos estão já recolhidos, mas o ano lectivo com COVID 19 veio atrasar a sua concretização.

Ainda no âmbito dos ODS, o conhecimento por dentro de algumas instituições ditas de acolhimento, integração e inclusão deste tipo de população revelou-surpresas dignas de documentários de terror, uns, e de boa vontade sem formação adequada, noutros casos. Algumas das publicações acima enunciadas descrevem estas situações, com manutenção de anonimato das instituições, de acordo com as regras deontológicas de investigação académica.

Outros ODS foram também alvo da investigação-acção empreendida neste ano sabático, como pode ser verificado nas publicações e comunicações orais, bem como nas colunas 3 e 5 do Quadro 1, no que respeita a teses de ME-EAIC, e na supervisaõ do pós-doc acima mencionado.

A falta de formação de agentes sociais no âmbito social não formal e informal deu origem a vários cursos breves, solicitados por vários grupos e organizações, acima mencionados. Com efeito, a débil formação em educação não formal e informal, sobretudo de adultos, em Portugal é grave, reconhecido ao nível europeu (AAVV, 2020) e  no qual a UMINHO deve continuar a apostar, revendo, no meu entendimento, os conteúdos da formação ministrada, num esforço de actualização inevitável e contínuo, se queremos continuar a ser credíveis.

Por fim, salientar que há muitos anos que todas as actividades de formação científica e de extensão universitária são ministradas em regime de voluntariado.

Monsul, 7 de Setembro de 2020, Clara Costa Oliveira; Professora Associada com Agregação

O que vai mudar na economia local?

Praça das redes | 30 de junho 2020 | Fonte : site Futuros Alternativos

O QUE PODE MUDAR NA ECONOMIA LOCAL DEPOIS DO PERÍODO DE CONFINAMENTO IMPOSTO PELA PANDEMIA COVID-19?

  • O domicílio vai passar a estar no centro dos serviços e do comércio local?
  • Novos  serviços às pessoas e às empresas prestados através de plataformas e de sistemas logísticos de base local vão ser dominantes no futuro?
  • A cooperação entre pequenos produtores na comercialização dos seus produtos locais e a sua relação direta com os consumidores podem afastar as multinacionais agroalimentares da sua posição dominante?
  • A reformulação da economia local pode ter impacto no modelo vigente da economia global?

Estas e outras  interrogações estarão no centro do debate com os dinamizadores de experiências  solidárias recentes nestes domínios que irão participar num dos primeiros momentos de reflexão pública no quadro de um ciclo de debates on-line que se inicia com o tema das «Redes de Apoio à Economia Local». O evento, com transmissão na página https://www.facebook.com/futurosalternativos, irá ocorrer  no próximo dia 1 de julho, entre as 19:00 e as 20:30 com o objetivo de compreender:

  • Que contributo indispensável trouxeram os projetos solidários surgidos durante o confinamento?
  • O que se vai perder se esses projetos desaparecerem?
  • Que semente de «futuro alternativo» eles contêm?

A sessão terá como participantes

A moderação será feita por Carlos Ribeiro da Caixa de Mitos e José Carlos Mota da Universidade de Aveiro e a Maria Isabel Lima será a relatora das conclusões.

Mais informação: https://www.facebook.com/events/628879071063470/

O QUE JUSTIFICA ESTE CICLO DE DEBATES?

A situação excecional de confinamento provocada pela pandemia Covid19 gerou respostas coletivas indispensáveis ao bem estar das comunidades, feitas com poucos recursos, num contexto de emergência social.

Em Portugal, foram muitos os exemplos inspiradores no cuidar dos idosos, na logística ao domicílio, na produção e venda locais, no sentido de vizinhança, na digitalização de serviços, no trabalho e ensino à distância e nas ofertas culturais. Estas atividades apelaram a diferentes formas de colaboração, mobilizaram milhares de voluntários, abriram as instituições, colocaram organizações a falar umas com as outras, horizontalizaram relações, aproximaram os responsáveis públicos dos cidadãos.  

Nestes últimos meses, experimentámos  “futuros alternativos” tantas vezes anunciados, mas nunca concretizados. Naturalmente, algumas das iniciativas irão desaparecer pela natureza da resposta e mudança do contexto. No entanto, outras, válidas e essenciais para as comunidades, correm o risco de desaparecer por falta de apoio.

O projeto «Futuros Alternativos» (https://futurosalternativos.com/ | https://www.facebook.com/futurosalternativos/) desenvolvido a partir das experiências Frena La curva e Achata a Curva (https://frenalacurva.net/ &  https://achataacurva.com) visa procurar registar, mapear e analisar as práticas promovidas no país e em cada uma das nossas comunidades, com o objetivo de criar conhecimento, organizar reflexões e produzir recomendações para a atuação do poder público e da sociedade civil. Apesar do enfoque nacional, este esforço articula-se com iniciativas internacionais promovida a partir de Barcelona (https://www.solivid.org/) e está na linha do debate europeu que a European Sociological Association está a promover (https://www.europeansociology.org/about-esa-2021-barcelona/theme).

Nas próximas semanas serão realizados mais dois encontros:

  • 8 julho – Desafios do Cuidar: Redes de vizinhança surgidas no confinamento
  • 15 julho – Desafios do Digitalizar: As rede de apoio ao tele-ensino, tele-informação e tele-arte surgidas durante a pandemia covid19

Futuros Alternativo

Comunidade Futuros Alternativos

Email: futurosalternativos.geral@gmail.com

EcoVida, consumo responsável na Covilhã

“O projecto EcoVida nasce com o objectivo principal de promover a produção e o consumo responsável e sustentável, dando visibilidade às respostas já existentes no Concelho da Covilhã a que os consumidores podem recorrer e sensibilizando consumidores, produtores e comerciantes para os benefícios decorrentes deste modelo de consumo de base local onde são privilegiados os produtos locais, a produção biológica, a venda a granel e/ou com utilização de embalagens mais ecológicas, contribuindo assim para aumentar a sua resiliência face aos efeitos nefastos do consumo massificado para o meio ambiente, para a saúde das pessoas e para a economia local” afirmações da Márcia Luz

O projecto estabelece uma relação directa com o Movimento Lixo Zero que preconiza:

Desperdício Zero: é simples mas exige sair do piloto automático, reflectir e dizer mais vezes “NÃO”, o que nem sempre é fácil tendo em conta a sociedade de consumo em que vivemos. Assenta num conjunto de práticas (5 Rs), exactamente por esta ordem:
1 – RECUSAR: tudo aquilo que não precisamos
2 – REDUZIR: aquilo que precisamos MESMO
3 – REUTILIZAR: tudo aquilo que temos que usar e que não podemos recusar nem reduzir, ou seja, prolongar a vida útil dos objectos, adquirir em 2ª mão
4 – RECICLAR: tudo o que não conseguimos recusar, reduzir e reutilizar
5 – ROT (decompor): aquilo que sobra (restos de comida, cascas de frutas e vegetais…)

E no final de tudo isto? 
Tudo o que não pode ser separado para ser reciclado nem pode ser colocado na compostagem, guardo num frasco. Assim tenho consciência do lixo que ainda produzo: etiquetas interiores de roupa, cerdas de escovas de dentes, lentes de contacto e autocolantes.

Como começar? Através do guia “Desperdício Zero” 

Com base em registos do projecto e da Coolabora

O vôo das experiências locais para um global mais solidário

No âmbito do projecto Alternativas e com uma organização da COOLABORA na Covilhã realizou-se ontem dia 30 de Outubro a sessão “Experiências Locais e Transformações Societais” que assentou em várias dinâmicas de reflexão, debate e sistematização de ideias e de propostas para o futuro, tendo em vista a progressão dos movimentos de base comunitária na sua intervenção local.

Numa primeira fase foram apresentadas comunicações relacionadas com experiências locais alternativas em Espanha e Portugal e foram ainda lançados novos temas de reflexão tidos ou indicados como provocações.

Numa segunda fase o debate foi muito interactivo e marcado por experiências e visões muito diferentes dos intervenientes, mas com uma preocupação comum: como avançar tendo em conta as experiências vividas e em curso e, que barreiras ultrapassar para afirmar de forma mais efectiva, na sociedade portuguesa, uma outra visão do “viver juntos” marcado por valores soclidários.

João Ferrão encerrou os debates com várias ideias-força e sugestões de aprofundamento em torno de referências fundamentais, tais como: a normatividade intrínseca aos movimentos; a dicotomia utopia/urgência, o macrocontexto e as condições para a afirmação de alternativas, o local e o localismo, a geografia dos sintômas, das causas e das soluções, a visão multiescalar, o nível translocal, a informalidade e os seus limites e o imperativo da erradicação das visões dicotómicas para agir em favor da harmonia entre os vectores da economia, do ambiente e da comunidade, para favorecer o desenvolvimento.

CR/Covilhã 30 de Outubro 2018, fotos CR/Caixa de Mitos

 

Transição ecológica: não podemos ser (só) nós a fazê-la!

Como levar uma vida mais sustentável? Essa questão suscita muito debate sobre o que as pessoas podem fazer para combater as alterações climáticas. Em muitos casos, as respostas são dirigidas aos indivíduos, pedindo que eles adotem um comportamento mais responsável, como comprar localmente, isolar suas casas ou utilizar a bicicleta em vez do carro … “Mas essas respostas individuais levantam a questão de sua eficácia na mudança de comportamento que precisa ser sistémica “, explica Kris de Decker, da Low-Tech Magazine (@lowtechmagazine).


Comment mener une vie plus durable ? Cette question génère beaucoup de débats sur ce que les individus peuvent faire pour combattre le changement climatique. Bien souvent, les réponses adressent surtout les individus, leur demandant d’adopter des comportements plus responsables, comme d’acheter localement, d’isoler leurs maisons ou de prendre leur vélo plutôt que la voiture… « Mais ces réponses individuelles posent la question de leur efficacité face à un changement de comportement qui nécessite d’être systémique », explique Kris de Decker sur Low-Tech Magazine (@lowtechmagazine). Reste du texte en français

Por Hubert Guillaud | Transition écologique : nous ne pouvons pas (seulement) la faire nous-mêmes ! Transcrito e traduzido de IntenetActu.Net


Como levar uma vida mais sustentável? Essa questão suscita muito debate sobre o que as pessoas podem fazer para combater as alterações climáticas. Em muitos casos, as respostas são dirigidas aos indivíduos, pedindo que eles adotem um comportamento mais responsável, como comprar localmente, isolar suas casas ou utilizar a bicicleta em vez do carro … “Mas essas respostas individuais levantam a questão de sua eficácia na mudança de comportamento que precisa ser sistémica “, explica Kris de Decker, da Low-Tech Magazine (@lowtechmagazine).

Existem três tipos de políticas públicas para combater as alterações climáticas: políticas de descarbonização (incentivo a fontes renováveis de energia, carros elétricos, etc.), eficiência energética (melhoria da relação de energia de eletrodomésticos, veículos, edifícios …) e mudança de comportamento (promoção de comportamentos mais sustentáveis). Os dois primeiros visam tornar os padrões de consumo existentes menos intensivos em recursos, mas muitas vezes confiando apenas na inovação técnica, eles esquecem o apoio social, o que explica por que eles não levaram a uma diminuição no consumo. emissões significativas de CO ou demanda de energia. O progresso na eficiência energética não tem em conta novos padrões de consumo e o efeito de relançamento. Da mesma forma, o desenvolvimento de energias renováveis não levou à descarbonização da infraestrutura energética, porque a procura de energia está a aumentar mais rapidamente do que o desenvolvimento de fontes de energia renováveis. Para Kris de Decker, isso reforça a necessidade de se concentrar mais na mudança social. Se quisermos que políticas eficazes de eficiência energética e descarbonização sejam efetivas, elas devem ser combinadas com a inovação social: daí a importância de políticas de mudança de comportamento!

Conflito entre visões

Apesar dos instrumentos de mudança de comportamento serem numerosos, todos eles são principalmente ou cenouras ou bastões, quando não são principalmente sermões. Mas esses instrumentos (incentivos económicos, normas e regulamentos, informação …) são baseados numa visão dos indivíduos como seres racionais: as pessoas assumiriam um comportamento pró-ambiental por razões de interesse próprio (porque é bom ou poupa dinheiro) ou por razões normativas. Mas muitas ações geram um conflito entre essas duas visões: o comportamento pró-ambiental é frequentemente considerado menos lucrativo, menos agradável ou mais longo, daí às vezes uma dissonãncia entre o que as pessoas pensam e o que as pessoas realmente fazem. Para responder a isso, podemos reduzir o custo de ações pró-ambientais ou aumentar o custo de ações prejudiciais ao planeta. Ou aumentar a dose dos comportamentos normativos.

Presos a estilos de vida

Verificamos que os resultados dessas políticas de mudança de comportamento, até agora, têm sido bastante limitados e decepcionantes. O problema, escreve Kris de Decker, é que essas políticas de mudança de comportamento baseiam-se no na constatação das pessoas fazerem o que fazem essencialmente por uma questão de escolha individual. Mas o fato de a maioria das pessoas comer carne, guiar viaturas ou estar conectado à rede elétrica não é apenas uma questão de escolha: as pessoas estão realmente presas a estilos de vida insustentáveis. O que fazem está condicionado, facilitado e limitado por normas sociais, políticas públicas, infra-estruturas, tecnologias, mercado, cultura … Como indivíduo, podemos, por exemplo, comprar uma bicicleta, mas não podemos desenvolver a infra-estrutura como as pistas cicláveis.. Se os dinamarqueses ou holandeses usam a bicicleta mais do que os outros, não é tanto por eles serem mais conscientes ambientalmente do que outros, é porque eles têm uma excelente infra-estrutura ciclável, porque é socialmente aceitável andar de bicicleta e porque os automobilistas são muito respeitosos das bicicletas, especialmente desde que o consutor de uma viatura é sempre considerado responsável em caso de acidente, mesmo que seja o ciclista que tenha cometido um erro. Sem essa infra-estrutura de suporte, podemos constatar que é mais difícil conseguir que um grande número de pessoas ande de bicicleta. Da mesma forma, os particulares não têm a possibilidade para modificar a velocidade da rede Internet ou de reduzir o fluxo energético com origem na central de que depende. “Se os indivíduos podem fazer escolhas pró-ambientais individuais com base em seus valores e atitudes, e inspirar os outros … eles não têm oportunidade de agir em estruturas que facilitem ou limitem suas opções.” As políticas comportamentais remetem os indivíduos para o nível da responsabilidade individual e para processos de culpabilização, exonerando as responsabilidades políticas e económicas das instituições.

Por Hubert Guillaud | Transition écologique : nous ne pouvons pas (seulement) la faire nous-mêmes ! Transcrito e traduzido de IntenetActu.Net

 

 

Dia europeu para comunidades mais sustentáveis

The European Day for Sustainable Communities is a celebration of local communities taking action for a better, more sustainable world.
It gives local communities an opportunity to join with others to showcase their work and inspire the wider public

O Dia Europeu para Comunidades Mais Sustentáveis é uma celebração das comunidades locais que tomam medidas para um mundo melhor e mais sustentável.
Dá às comunidades locais a oportunidade de se unirem a outras pessoas para mostrar seu trabalho e inspirar o público em geral.

Visite o site com mais informações DAY FOR SUSTAINABLE COMMUNITIES

Carlos Ribeiro / 10 de Agosto 2018