Coletânea Homens e Ofícios de Mariano Gago relançada pela Ulmeiro

Lucilia Salgado, professora-investigadora, APCEP – Associação Portuguesa para a Cultura e a Educação Permanente

Mais conhecido na área da Ciência e em funções políticas a atividade de Educação de Adultos, numa perspetiva de educação permanente, é menos evidente na obra de Mariano Gago.

O seu trabalho com portugueses emigrantes em Paris, depois continuado na Universidade Operária em Grenève encontra-se bem elucidado na coletânea de textos Homens e Ofícios, concebida para atividades de educação de adultos com baixas qualificações escolares.

Após uma primeira edição com apoio da UNESCO (1978) seguiram-se uma segunda e terceira (1982) realizadas em Portugal e financiadas pela Direção Geral da Educação de Adultos. A Editora Ulmeiro, propõe agora, uma quarta edição deste “manual de fichas para exploração temática” que dê continuidade à atividade educadora desenvolvida por Mariano Gago na emigração no sentido de “estimular a produção de material próprio por associações culturais, grupos de bairro, escolas, quer em Portugal quer na emigração (…)”. É assim uma proposta de Literacia no campo da Educação de Adultos que a Editora Ulmeiro e a APCEP agora apresentam.

Moinhos, pão e guardiões das memórias dos lugares

Carlos Ribeiro – Coordenador Editorial da AGRI magazine

Publicada nova Agri Magazine. Pão caseiro, inovação e novos pães, formação em padaria avançada, moinhos, entrevista a Miguel Freitas, Secretário de Estado da Floresta e do Desenvolvimento Rural, o número 7 da Série II da AGRI está recheado de surpresas.

REVISTA N7 – Série A REVISTA EM REVISTA


Tenho a sorte da padeira da Ereira vir até ao largo da aldeia e apitar várias vezes, para sinalizar a chegada da carrinha, como se estivesse a tocar a rebate ou a lançar um alerta de incêndio.  “É a padeira!” exclama-se nas casas das redondezas. E seguem-se os “olá vizinho, quantos são, o que é que leva hoje”, os trocos circulam rapidamente até que o estrondo da porta traseira num fecho apressado encerra o assunto até ao dia seguinte.

Nesta edição da AGRI tivemos oportunidade de entrevistar Miguel Freitas que esteve à frente da Secretaria de Estado da Floresta e do Desenvolvimento Rural, um governante empenhado e com ideias claras sobre o futuro dos setores que estiveram debaixo da sua tutela. 

Fomos ainda à procura de moinhos e pão, ambos em evolução, na mesma fileira que passou a integrar novos modelos de padarias e em novas propostas comerciais para satisfazer uma clientela emergente da fase pós-industrial.

Para chegar a estes recantos precisámos de mediadores, de pessoas que asseguram uma função determinante na preservação do património e que estabelecem ligações nos territórios a partir dos seus saberes e das experiências vividas no passado. São os novos Guias informais ou melhor os Guardiões da memória dos lugares. 

Aqui presto a minha homenagem a esses mestres que contribuem para sentidos de vida que se fundam no humanismo e nas preocupações de um “viver juntos” justo e solidário, construindo informalmente a alma dos territórios.

Carlos Ribeiro
Le souffle de la révolte

Troisième volet de la trilogie de Nicolas Beniès sur la place du jazz dans l’histoire du XXe siècle.
Dans notre collection «musique en livre», Nicolas Beniès a précédemment étudié la période de bascule de 1959 dans «Le Souffle bleu» (épuisé, en ré-édition, parution cet automne). Puis il nous a livré son regard sur le jazz durant l’occupation et à la libération dans «Le souffle de la liberté» (https://cfeditions.com/souffle1944).
Le présent ouvrage, «Le souffle de la révolte» (https://cfeditions.com/souffle_revolte) parle des « débuts » du jazz et de sa relation avec les mouvements sociaux, artistiques, littéraires qui ont secoués les années vingt et trente.
Le jazz arrive en France en 1917 dans les bagages de l’armée américaine, et connait immédiatement un grand succès populaire. Entre les deux guerres, pour tous les jazzmen et jazzwomen, Paris reste la capitale mondiale de l’accueil des artistes. Le jazz s’infiltre dans les autres arts, notamment la littérature. Durant ces années, le jazz, qui se transmet via l’explosion industrielle du gramophone, demeure un authentique travail artistique, chaque performance étant unique et dotée de l’aura d’oeuvre d’art que lui offre l’improvisation. Ses interprètes réinventent tous les instruments pour les faire sonner différemment. Et le jazz construit le melting-pot culturel, au point de devenir la musique spécifique des États-Unis, par delà le racisme qui perdure.
Le jazz est un anti-art qui rythme l’esprit de l’époque et libère les corps. C’est la musique de cette révolte qui agite le monde depuis la révolution en Russie jusqu’au Front populaire.
Le livre est disponible :
– par commande auprès de votre libraire favori
– sur les grandes librairies en ligne
– directement auprès de C&F éditions sur le site (https://cfeditions.com)

Racionalidades e dinâmicas em espaço rural, escritos em homenagem a Fernando Baptista

A publicação de um livro com 462 páginas, com 29 autores e 24 artigos, científicos na maior dos casos, mas também de natureza mais personalizada e humana (sobre acontecimentos vividos pelos próprios) marcou a homenagem a Fernando Oliveira Baptista realizada no ISA. No evento presenciado por mais de uma centena de convidados foi destacada a importância que o professor catedrático teve nas vidas e nos percursos profissionais de muitos dos presentes.

Trabalhei (Carlos Ribeiro) com Oliveira Baptista, no ISA, numa Equipa de Estudo sobre Dinâmicas rurais e políticas públicas, tendo uma função de co-coordenador com o professor, com o a missão de apoiar a reformulação das metodologias tradicionais ou tidas por convencionais que dominavam naquele período o sistema científico e técnico de produção de estudos territoriais.

Fernando Baptista estabeleceu ma regra que não sofreu quaisquer contestação:  o ponto de partida de toda a actividade de estudo seria o contacto directo com os territórios em análise. Fixado o quadro de intervenção mínimo, a abertura face a novas propostas de investigação-acção foi surpreendente. Infelizmente não foi possível fazer o percurso do estudo até ao final com a equipa estabelecida, mas ficou a aprendizagem em muitos domínios e sobretudo um sentimento de amizade que perdura, para além dos estudos e do trabalho de investigação

Carlos Ribeiro, 30 de maio de 2108

 

 

Ensino Superior procura uma nova Responsabilidade Social nas suas instituições

A Responsabilidade Social reaparece de vez em quando  de forma estruturada e organizada na esfera pública em diversos domínios de interesse colectivo.. Neste caso a elaboração de um Livro Verde  sobre Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior surge como um desafio e uma interpelação aos diversos protaginistas da área e assume-se como base para um processo de auscultação pública que irá decorrer durante dois meses.

O Livro Verde pode ser consultado a partir da seguinte ligação ao ISSUU:

https://issuu.com/forumestudante/docs/livroverde-vcompleta

“A Escola Superior de Educação do Politécnico de Coimbra integra o ORSIES- Observatório de Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior, criado pela Fórum Estudante, em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

No âmbito do ORSIES realizou-se a 20 de março, no Teatro Thalia, em Lisboa, o 2º Encontro Nacional sobre Responsabilidade Social e Ensino Superior onde foi apresentado o Livro Verde sobre Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior. Este documento é resultado de um trabalho colaborativo entre 30 Instituições de Ensino Superior (IES) que ao longo do ano 2017 contribuíram participando em audições mensais com representantes das diversas IES do ORSIES onde foram realizadas apresentações resumo sobre o tema, identificação de boas práticas e elaboração de recomendações. O Livro Verde foi redigido pelas professoras Ana Esgaio e Sandra Gomes, sob orientação do consultor científico François Vallaeys, docente da Universidad del Pacífico (Lima, Peru), presidente da União de Responsabilidade Social Universitária Latino-Americana (URSULA), que envolve 90 escolas de 10 países.

Esta versão provisória do Livro Verde estará em auscultação pública durante 2 meses e pode ser consultado aqui.
https://issuu.com/forumestudante/docs/livroverde-vcompleta

Todos os interessados em enviar sugestões e contributos para o Livro Verde podem enviar para o email orsies@forum.pt até dia 20 de maio de 2018.”

Mais informação sobre o ORSIES http://www.orsies.forum.pt/ 

Texto do ORSIES reproduzido e foto Pontos de Vista

Nora introdutória CVR / Caixa de Mitos / 12 Abril 2108