O Carlos Fragateiro apresenta-nos uma iniciativa, um projeto e um pedido de “cumplicidade militante”. A língua portuguesa no centro…torna-se irrecusável.
“Depois de alguns anos a trabalhar no projeto Ler o Mundo em Português conseguimos dar corpo a uma revista, LP – Ler o Mundo em Português, com que procuraremos dar visibilidade às potencialidades desta língua que é a nossa e mostrar como ela é um instrumento estratégico para se imaginar o (in)imaginável e se inventarem os futuros.
A matriz do que nos propomos fazer está visível no LP ZEROque enviamos em anexo, sabendo que o projeto só será integralmente concretizado se formos capazes de dar voz aos diferentes olhares e formas de pensar em português que há pelo mundo.
Este projeto só será concretizado se garantirmos à partida a sua sobrevivência durante pelo menos um ano e para isso necessitamos duma rede de cúmplices/assinantes que não só nos traga os diferentes mundos que há nesta língua, mas também a autonomia financeira.
Por tudo isto lhe pedimos que leia o LP ZERO e, se sentir que o projeto é importante e lhe diz algo, faça a sua assinatura e mobilize pelo menos 5 amigas ou amigos seus para o fazerem também. A assinatura custa € 20, e tem a duração de um ano, a que correspondem 10 números da revista em pdf.
Mais de 40% das espécies de insetos estão em declínio em todo o mundo, deploram nesta terça-feira a ONG Friends of the Earth Europe e o Instituto Heinrich Böll. Essas organizações publicam um Atlas de insetos (acessível aqui) denunciando o uso de pesticidas.
As duas organizações pedem uma redução de 80% no uso de pesticidas sintéticos na União Europeia até 2030, com uma “transição justa para os agricultores”. O Atlas de Insetos, por exemplo, aponta que uma em cada dez espécies de borboletas e abelhas está ameaçada de extinção na Europa. Ao mesmo tempo, ele denuncia o fato de explorações agrícolas não orgânicas usam mais de 4 milhões de toneladas de pesticidas químicos todos os anos em todo o mundo.
Começa o 3.º período Os alunos retomaram as aulas esta terça-feira, mas sem regressar à escola. O 3.º período será lecionado à distância, com recurso às metodologias digitais e à transmissão televisiva de conteúdos pedagógicos.
As aulas na televisão começam a 20 de abril. Durante a manhã serão transmitidos conteúdos educativos para os alunos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade e durante tarde para os alunos do 7.º ao 9.º ano. O tempo de emissão de cada disciplina, com conteúdos de dois anos letivos, será de meia hora.
Seja como for, o telensino não assumirá o papel principal na transmissão de conhecimentos, escreve o Jornal de Notícias. “Os professores mantêm a função fundamental de planear e promover as aprendizagens, recomendando os conteúdos mais ajustados aos seus alunos, indicando trabalhos a realizar, esclarecendo dúvidas e avaliando”, informa o Ministério da Educação na página covid19estamoson.gov.pt.
Ensino à distância real Nas duas semanas após o fecho das escolas, um quarto dos alunos não fez os trabalhos de casa enviados pelos professores. A “falta de tempo” foi a principal razão, mas também houve quem não tivesse percebido o que os professores pediram. 62% dos alunos precisaram de ajuda a Português e 70,4% a Matemática. O inquérito online feito pelo Observatório de Políticas de Educação e Formação mostra como o ensino à distância está a pôr em causa a equidade na educação. Lê-se no Público.
“As dúvidas da vida real do novo ensino à distância” são retratadas no Jornal de Notícias, que ouviu uma professora de Português e Inglês pronta para usar computador, Internet e telefone para dar aulas, um professor de História preocupado se os seus alunos têm computador e duas famílias sem tecnologia e com muito receio de que os filhos possam “ficar para trás”.
Avaliação e melhoria de notas O Ministério da Educação ainda não definiu critérios de avaliação para o 3.º período. Mas, escreve o Jornal de Notícias, ainda não afasta a hipótese de o vir a fazer. A recomendação do Conselho das Escolas sobre as aulas não presenciais é que as notas do 3.º período não sejam inferiores às do 2.º período, que foi a “última avaliação suportada em elementos fiáveis”, diz José Eduardo Lemos, presidente deste órgão.
Os alunos que esperavam subir as notas e melhorar a média para entrar no ensino superior são prejudicados com as novas regras, avança o Público. É que este ano os exames nacionais não servem para aumentar as notas internas do ensino secundário. Ou seja, valem apenas como específicas para o ingresso no ensino superior e só nessas condições podem ajudar a subir a média.
Eficiência no privado Os alunos dos colégios, do 1.º ao 12.º ano, “vão cumprir o horário completo” definido desde o início do ano letivo. Algumas aulas acontecem por videoconferência, outras serão lecionadas através de trabalhos a entregar pelos alunos num determinado momento. O presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, garantiu à Lusa que “o 3.º período vai agora decorrer com muito mais eficiência”.
Pagar por creches fechadas Creches e pré-escolar continuam sem resposta sobre a cobrança das mensalidades. Na ausência de orientações comuns, as reduções variam de escola para escola, escreve o Expresso. Nas declarações de quinta-feira da semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, disse ser prematuro definir uma data para a reabertura dos jardins-de-infância, uma vez que, entre crianças, seria impossível cumprir as atuais regras de distanciamento.
Há cada vez mais pais a exigir descontos de 50% e a cancelar matrículas em creches e jardins-de-infância. O lay-off parcial não chega para evitar a “falência em massa”, alerta a Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino, que pede um apoio de 150 euros por criança para “salvar os estabelecimentos”, lê-se no Jornal de Notícias.
Formação para lecionar online Arrancou esta semana a primeira edição da formação Docência Digital e em Rede, promovida pela Direção-Geral da Educação e a Universidade Aberta. São 25 horas teórico-práticas sobre os temas: Educação e Comunicação Online e Modelos Pedagógicos Virtuais, Plataformas e Tecnologias Digitais Online e Atividades de Aprendizagem e Avaliação Digital.
Atualidade de outros sistemas educativos A comissária europeia da Educação, Mariya Gabriel, diz-se “impressionada” pela forma célere como os Estados-membros adotaram modelos de aprendizagem online. Mas existe um problema, cuja resposta terá de surgir em articulação com a União Europeia, alerta a comissária: nem todos os professores e alunos estão igualmente apetrechados para o ensino através de ferramentas digitais. Notícia da Lusa.
Em Espanha, 40 organizações não-governamentais pedem que os alunos sem recursos tecnológicos em casa possam retomar as aulas presenciais durante o verão de forma a não serem prejudicados, escreve o El País. Isto, se as condições sanitárias o permitirem.
Muitos sistemas educativos têm antecipado a dificuldade dos alunos mais desfavorecidos para se adaptarem à nova realidade. Mas o encerramento das escolas pode representar uma oportunidade para combater a falta de equidade, diz o diretor do departamento de Educação e Competências da OCDE, Andreas Schleicher. Para ler no EDULOG.
Entre os 27 países da União Europeia, apenas Portugal e Malta tomaram, até agora, a decisão de manter as escolas fechadas até ao final do ano letivo. Na Dinamarca, creches e escolas primárias abriram esta quarta-feira, os restantes níveis de ensino abrem a 10 de maio.
Na Noruega, os estabelecimentos de ensino, inclusive as universidades, abrem a 27 de abril. A Suíça pondera a reabertura das escolas no final deste mês.
Em Pequim, as escolas secundárias reabrem a 27 de abril para preparar os alunos para os exames de acesso ao ensino superior. O ensino básico reabre a 11 de maio. Jardins-de-infância, universidades e escolas de ensino profissional continuam fechados. Notícia da TSF.
Transcrição do EDULOG Express – Fundação Belmiro de Azevedo | Serviço público de informação
“Um aspecto central de qualquer política pública deve ser o de facilitar o desenvolvimento de instituições que tiram partido do que há de melhor nos seres humanos”. (Elinor Ostrom na conclusão de seu discurso de Estocolmo)
O livro de Elinor Ostrom vai ser apresentado no dia 4 de Fevereiro em Paris sendo uma referência central para o tema dos COMUNS.
Elinor Ostrom est mondialement reconnue pour son travail sur les communs. Relire ou découvrir son discours d’acceptation du Nobel d’économie de 2009 montre combien sa vision à la fois écologique et sociale ouvre des perspectives actuelles. Elle a su critiquer les modèles de l’économie dominante et mobiliser son savoir scientifique issu du terrain au profit d’une vision humaniste. Elle propose de remplacer le modèle abstrait d’individus réduits à des calculateurs à la recherche d’avantages vers des coopérateurs protégeant collectivement les ressources vitales. Sa théorie s’appuie sur de nombreuses recherches coopératives sur le terrain dans le monde entier.
Dans sa préface, Benjamin Coriat remet en perspective les travaux d’Elinor Ostrom au sein des recherches actuelles sur les communs. Il donne des clés pour comprendre les travaux d’Elinor Ostrom et ouvre des perspectives pour le mouvement des communs.
Le Monde Diplomatique Manière de voir n°169, février-mars 2020
Os curdos lutam há um século para obter, na “impossibilidade” de um Estado, o reconhecimento de seus direitos políticos e culturais; desde há um século que colidem com os interesses dos países mnos quais vivem – Iraque, Irão, Síria e Turquia -,numa luta pontuada por guerras, traições, divisões, massacres, mas também de esperanças, resistências e algumas vitórias … De regresso a uma epopeia.
(continuação em francês)
Voilà un siècle que les Kurdes se battent pour obtenir, à défaut d’un État, la reconnaissance de leurs droits politiques et culturels ; un siècle qu’ils se heurtent aux intérêts des pays où ils vivent – Irak, Iran, Syrie et Turquie -, dans une lutte jalonnée de guerres, de trahisons, de divisions, de massacres, mais aussi d’espérances, de résistances et de quelques victoires… Retour sur une épopée.
Numéro coordonné par Akram Belkaïd
Édition : Olivier Pironet Conception graphique : Boris Séméniako Iconographie : Laetitia Guillemin Photogravure : Patrick Puech-Wilhem Cartographie : Cécile Marin Correction : Xavier Monthéard et Florent Paillery Remerciements à Olivier Piot et Claire Pilidjian
Le 24 juillet 1923, le traité de Lausanne remettait en cause la création d’un État kurde pourtant promise par le traité de Sèvres (10 août 1920) conclu après la première guerre mondiale. Ce revers d’importance n’empêcha pas les Kurdes de tenter d’obtenir gain de cause au cours des décennies qui suivirent. Dans un Proche-Orient miné par les crises, leurs rares victoires ne furent jamais pérennes.
Les dures leçons de l’histoire ///// Kendal Nezan
Ouverture à Bagdad, inquiétude à Ankara et Téhéran ///// Éric Rouleau
L’apaisement puis encore la guerre ///// Kamuran Bédir-Khan
Naissance et chute de la République de Mahabad ///// Thomas Bois
Divisions, alliances et revirements ///// Elizabeth Picard
Répression ordinaire en Iran ///// Jan Piruz
II. Résurgences et résistances
À partir des années 1980, la question kurde se duplique en deux conflits majeurs. Le premier, en Irak, n’est que la continuation de décennies faites d’alternance entre répression armée et tentatives de règlement pacifique. Le second, en Turquie, signe l’avènement d’un nouvel acteur décidé à arracher par les armes des concessions à Ankara : le Parti des travailleurs du Kurdistan (PKK).
Quand le PKK prend les armes ///// Christiane More
Gazage à grande échelle ///// Kendal Nezan
Enlisement turc au Kurdistan ///// Alain Gresh
Une bien incertaine autonomie ///// Michel Verrier
Le cinéma face au conflit en Anatolie///// Nicolas Monceau
III. Espérances et nouvelle donne
L’autonomie du Kurdistan irakien, l’ouverture de négociations de paix entre Ankara et le Parti des travailleurs du Kurdistan (PKK) ainsi que l’expérience de communalisme démocratique dans le nord-est de la Syrie ouvrent de nouvelles perspectives aux Kurdes. Mais l’émergence de l’Organisation de l’État islamique (OEI) et les tensions entre le Gouvernement régional du Kurdistan (GRK) et le pouvoir irakien font renaître les logiques de guerre.
L’année où tout parut possible ///// Vicken Cheterian
Les images accompagnant ce numéro sont de : – Mathias Depardon, Christophe Petit-Tesson, Emilien Urbano, Ako Goran. – Goran Tomasevic, de l’agence Reuters. – les archives Ali Qazi, Saman Barzinji, Homer Dizeyee, Mullazem Omar et les photographes Francois-Xavier Lovat, Chris Kutschera de The Photolibrary of Kurdistan – Bruno Barbey, Thomas Dworzak, Nikos Economopoulos, Susan Meiselas, Lorenzo Meloni, Emin Ozmen, Gilles Peress, Moises Saman, de l’agence Magnum.
Numa viva e animada interacção intelectual, os investigadores e ativistas espanhóis Joan Subirats e César Rendueles valorizam o papel da atividade comum, o commoning, na mobilização das populações nos municípios, nas escolas ou nas cooperativas.A experiência da rede internacional de “cidades sem-medo” e “municipalismo” percorrem este livro e abrem perspectivas num momento em que em França muitos intervenientes querem construir “cidades em comum (s)”
César Rendueles est professeur de sociologie à l’Université Complutense de Madrid, spécialisé en philosophie politique et gestion culturelle. « Un des grands défis politiques est de résister à la marchandisation en trouvant une place pour le paradigme du commun dans un paysage institutionnel démocratique et égalitaire plus large. Il est beaucoup plus facile d’inoculer l’individualisme dans une société que de créer une solidarité et de la coopération. C’est la principale leçon que nous enseigne le dilemme des communs. »
Joan Subirats, spécialiste des questions urbaines et de la gestion publique à l’Université Autonome de Barcelone, est engagé auprès d’Ada Colau à la mairie de Barcelone avec Barcelona en comú. « Dans la plupart des programmes municipaux en communs, quatre points étaient mis en évidence : récupérer les institutions au service du peuple ; répondre à l’urgence sociale et l’augmentation des inégalités ; impliquer plus directement des citoyens dans les décisions publiques ; renforcer le sens éthique et la morale publique. »
Sommaire
Avant-propos Qu’entendons-nous par communs ? Le débat Hardin-Ostrom Capitalisme, communs et grande transformation Karl Polanyi Distribution et revenu de base Capital social / capital culturel Coopérativisme Échelles Communs numériques Élitisme et innovation sociale Vie privée et contrôle Démocratie représentative directe Coproduction / dynamique participative / soins Pour conclure
Postface pour l’édition française – 1
Vers l’institutionnalisation des communs (César Rendueles)
Postface pour l’édition française – 2
La sphère locale comme espace du commun : l’expérience de Barcelone (Joan Subirats)
Existem alguns temas que continuam a ser críticos quando se trata de definir políticas públicas e de desenhar projectos que possam de facto ter impacto positivo nas situações para as quais são desenvolvidos.
As publicações divulgadas que tratam temas relacionados com os sectores mais desfavorecidos da sociedade, dos jovens em situação NEET e da Europa social poderão servir para apoiar o debate e a reflexão colectiva sobre estas temáticas específicas e não só.
Um desses temas é o do jovens em situação NEET cuja caracterização da situação económica, social e psicossocial é particularmente difícil e complexa.
“Parece já longínquo o dia em que Joe Gebbia e Brian Chesky alugaram três camas de encher no seu apartamento em San Francisco.
Todavia a empresa que criaram, de oferta de alojamento local intermediada, tem apenas uma década, engloba hoje perto de 5 milhões de propriedades em cerca de 200 países e ultrapassa a oferta de alojamento das maiores cadeias globais de hotéis.
Neste processo, a Airbnb contribuiu para a expansão da dita economia de partilha no mundo e para transformar significativamente o território e a economia de várias cidades, como o Porto.
Em maio de 2018, as cerca de 15.000 propriedades registadas nos municípios da Área Metropolitana do Porto geraram mais de 80 milhões de euros de rendimento aos seus proprietários, verificando-se que apenas 30% deste alojamento é efetivamente de partilha e que 1% das propriedades geram 10% da receita. Além disso, a larga maioria está concentrada em poucas freguesias da cidade central, onde a capacidade de alojamento Airbnb já ultrapassa o número de residentes permanentes.
Estes e outros dados, as dinâmicas de transformação da economia e da vida urbana e a reflexão sobre a mudança, são a razão de ser deste livro, o qual se compõe de texto, um atlas e de imagens e outras visões sobre o presente e o futuro da cidade, na sua relação com a Airbnb e o alojamento local”.Sinopse da Livraria Bertrand
PIERRE ROSANVALLON autour e pensador incontornável (autor do livro essencial O Novo EStado Social) publica, no seu último livro, os muitos porquês relativos aos intelectuais de uma esquerda que não consegue colar à e perceber os vazios nos quais os populistas encontram o seu terreno de progressão. A velha questão do pensamento de direita com linguagem de esquerda, as nebulosas dos interesses, os neo-reaccionários ou os anti-modernos como alguns lhes chamam…
“Comment les enthousiasmes de Mai 68 ont-ils cédé le pas au désarroi des années 1980 et 1990 puis au fatalisme qui, depuis les années 2000, barre notre horizon politique et intellectuel ? Pourquoi la gauche s’est-elle enlisée dans un réalisme d’impuissance ou dans des radicalités de posture, au point de laisser le souverainisme républicain et le national-populisme conquérir les esprits ?
Pierre Rosanvallon se confronte ici à ces questions d’une double manière. En tant qu’historien des idées et philosophe politique, il s’attache à réinscrire les cinquante dernières années dans l’histoire longue du projet moderne d’émancipation, avec ses réalisations, ses promesses non tenues et ses régressions. Mais c’est également en tant qu’acteur et témoin qu’il aborde la lecture rétrospective de la séquence dont Mai 68 a symbolisé l’amorce. Son itinéraire personnel, les entreprises intellectuelles et politiques qui l’ont jalonné et les personnalités qui l’ont accompagné renvoient plus largement à l’histoire de la deuxième gauche, avec laquelle sa trajectoire s’est pratiquement confondue, et, au-delà, à celle de la gauche en général, dont l’agonie actuelle vient de loin.
À travers le retour sincère et lucide sur son cheminement, avec ses idées forces et ses doutes, ses perplexités et ses aveuglements, c’est une histoire politique et intellectuelle du présent que Pierre Rosanvallon retrace, dans des termes qui conduisent à esquisser de nouvelles perspectives à l’idéal d’émancipation.
Pierre Rosanvallon est professeur au Collège de France. De L’Âge de l’autogestion (1976) au Bon Gouvernement (2015), il est l’auteur de nombreux ouvrages qui occupent une place majeure dans la théorie politique contemporaine et la réflexion sur la démocratie et la question sociale”
Texto citado – original de France Culture. L´invité des matins
Troisième volet de la trilogie de Nicolas Beniès sur la place du jazz dans l’histoire du XXe siècle.
Dans notre collection «musique en livre», Nicolas Beniès a précédemment étudié la période de bascule de 1959 dans «Le Souffle bleu» (épuisé, en ré-édition, parution cet automne). Puis il nous a livré son regard sur le jazz durant l’occupation et à la libération dans «Le souffle de la liberté» (https://cfeditions.com/souffle1944).
Le présent ouvrage, «Le souffle de la révolte» (https://cfeditions.com/souffle_revolte) parle des « débuts » du jazz et de sa relation avec les mouvements sociaux, artistiques, littéraires qui ont secoués les années vingt et trente.
Le jazz arrive en France en 1917 dans les bagages de l’armée américaine, et connait immédiatement un grand succès populaire. Entre les deux guerres, pour tous les jazzmen et jazzwomen, Paris reste la capitale mondiale de l’accueil des artistes. Le jazz s’infiltre dans les autres arts, notamment la littérature. Durant ces années, le jazz, qui se transmet via l’explosion industrielle du gramophone, demeure un authentique travail artistique, chaque performance étant unique et dotée de l’aura d’oeuvre d’art que lui offre l’improvisation. Ses interprètes réinventent tous les instruments pour les faire sonner différemment. Et le jazz construit le melting-pot culturel, au point de devenir la musique spécifique des États-Unis, par delà le racisme qui perdure.
Le jazz est un anti-art qui rythme l’esprit de l’époque et libère les corps. C’est la musique de cette révolte qui agite le monde depuis la révolution en Russie jusqu’au Front populaire.
Le livre est disponible :
– par commande auprès de votre libraire favori
– sur les grandes librairies en ligne
– directement auprès de C&F éditions sur le site (https://cfeditions.com)