20 de Abril, 2024

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Escolas e creches, abrir ou manter fechadas

O EDULOG DA SEMANA 16 |

Começa o 3.º período 
Os alunos retomaram as aulas esta terça-feira, mas sem regressar à escola. O 3.º período será lecionado à distância, com recurso às metodologias digitais e à transmissão televisiva de conteúdos pedagógicos.

As aulas na televisão começam a 20 de abril. Durante a manhã serão transmitidos conteúdos educativos para os alunos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade e durante tarde para os alunos do 7.º ao 9.º ano. O tempo de emissão de cada disciplina, com conteúdos de dois anos letivos, será de meia hora.

Seja como for, o telensino não assumirá o papel principal na transmissão de conhecimentos, escreve o Jornal de Notícias. “Os professores mantêm a função fundamental de planear e promover as aprendizagens, recomendando os conteúdos mais ajustados aos seus alunos, indicando trabalhos a realizar, esclarecendo dúvidas e avaliando”, informa o Ministério da Educação na página covid19estamoson.gov.pt.

Ensino à distância real
Nas duas semanas após o fecho das escolas, um quarto dos alunos não fez os trabalhos de casa enviados pelos professores. A “falta de tempo” foi a principal razão, mas também houve quem não tivesse percebido o que os professores pediram. 62% dos alunos precisaram de ajuda a Português e 70,4% a Matemática. O inquérito online feito pelo Observatório de Políticas de Educação e Formação mostra como o ensino à distância está a pôr em causa a equidade na educação. Lê-se no Público

“As dúvidas da vida real do novo ensino à distância” são retratadas no Jornal de Notícias, que ouviu uma professora de Português e Inglês pronta para usar computador, Internet e telefone para dar aulas, um professor de História preocupado se os seus alunos têm computador e duas famílias sem tecnologia e com muito receio de que os filhos possam “ficar para trás”.

Avaliação e melhoria de notas
O Ministério da Educação ainda não definiu critérios de avaliação para o 3.º período. Mas, escreve o Jornal de Notícias, ainda não afasta a hipótese de o vir a fazer. A recomendação do Conselho das Escolas sobre as aulas não presenciais é que as notas do 3.º período não sejam inferiores às do 2.º período, que foi a “última avaliação suportada em elementos fiáveis”, diz José Eduardo Lemos, presidente deste órgão.

Os alunos que esperavam subir as notas e melhorar a média para entrar no ensino superior são prejudicados com as novas regras, avança o Público. É que este ano os exames nacionais não servem para aumentar as notas internas do ensino secundário. Ou seja, valem apenas como específicas para o ingresso no ensino superior e só nessas condições podem ajudar a subir a média.

Eficiência no privado
Os alunos dos colégios, do 1.º ao 12.º ano, “vão cumprir o horário completo” definido desde o início do ano letivo. Algumas aulas acontecem por videoconferência, outras serão lecionadas através de trabalhos a entregar pelos alunos num determinado momento. O presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, garantiu à Lusa que “o 3.º período vai agora decorrer com muito mais eficiência”.

Pagar por creches fechadas
Creches e pré-escolar continuam sem resposta sobre a cobrança das mensalidades. Na ausência de orientações comuns, as reduções variam de escola para escola, escreve o Expresso. Nas declarações de quinta-feira da semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, disse ser prematuro definir uma data para a reabertura dos jardins-de-infância, uma vez que, entre crianças, seria impossível cumprir as atuais regras de distanciamento.

Há cada vez mais pais a exigir descontos de 50% e a cancelar matrículas em creches e jardins-de-infância. O lay-off parcial não chega para evitar a “falência em massa”, alerta a Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino, que pede um apoio de 150 euros por criança para “salvar os estabelecimentos”, lê-se no Jornal de Notícias.

Formação para lecionar online
Arrancou esta semana a primeira edição da formação Docência Digital e em Rede, promovida pela Direção-Geral da Educação e a Universidade Aberta. São 25 horas teórico-práticas sobre os temas: Educação e Comunicação Online e Modelos Pedagógicos Virtuais, Plataformas e Tecnologias Digitais Online e Atividades de Aprendizagem e Avaliação Digital.

Atualidade de outros sistemas educativos
A comissária europeia da Educação, Mariya Gabriel, diz-se “impressionada” pela forma célere como os Estados-membros adotaram modelos de aprendizagem online. Mas existe um problema, cuja resposta terá de surgir em articulação com a União Europeia, alerta a comissária: nem todos os professores e alunos estão igualmente apetrechados para o ensino através de ferramentas digitais. Notícia da Lusa.

Em Espanha, 40 organizações não-governamentais pedem que os alunos sem recursos tecnológicos em casa possam retomar as aulas presenciais durante o verão de forma a não serem prejudicados, escreve o El País. Isto, se as condições sanitárias o permitirem.

Muitos sistemas educativos têm antecipado a dificuldade dos alunos mais desfavorecidos para se adaptarem à nova realidade. Mas o encerramento das escolas pode representar uma oportunidade para combater a falta de equidade, diz o diretor do departamento de Educação e Competências da OCDE, Andreas Schleicher. Para ler no EDULOG.

Entre os 27 países da União Europeia, apenas Portugal e Malta tomaram, até agora, a decisão de manter as escolas fechadas até ao final do ano letivo. Na Dinamarca, creches e escolas primárias abriram esta quarta-feira, os restantes níveis de ensino abrem a 10 de maio.

Na Noruega, os estabelecimentos de ensino, inclusive as universidades, abrem a 27 de abril. A Suíça pondera a reabertura das escolas no final deste mês.

Em Pequim, as escolas secundárias reabrem a 27 de abril para preparar os alunos para os exames de acesso ao ensino superior. O ensino básico reabre a 11 de maio. Jardins-de-infância, universidades e escolas de ensino profissional continuam fechados. Notícia da TSF.

Transcrição do EDULOG Express – Fundação Belmiro de Azevedo | Serviço público de informação

Foto_ fonte: Jornal de Notícias

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