Viajantes da amizade

@ Praça das Redes | Com texto e foto da ICreate – VN Poiares

Vera Carvalho e a ICreate fizeram um pequeno balanço da iniciativa do Clube dos Velhos Amigos que implementou neste período COVID-19, a par da Linha da Amizade, uma Plataforma de animação online e vários ateliês. Uma interrupção é anunciada mas com uma promessa de regresso depois das férias e de alguma reestruturação.

Segue o texto da ICreate sobre o tema:

A APP da iCreate e a Linha da Amizade “vão de férias” mas voltam…

Com o regresso às atividades presenciais que está programado para o dia 14 de Julho, e também porque nos meses de Verão será mais difícil assegurar a participação dos parceiros e da equipa, devido a férias, decidimos que durante os meses de Julho e Agosto, não serão desenvolvidas atividades na nossa plataforma online, assim como, a Linha da Amizade também só estará disponível até 30 de Junho de 2020. No entanto, os meses de Julho e Agosto serão cruciais para que a nossa equipa inicie o processo de reestruturação das atividades que surgiram no âmbito da Covid-19, como é o caso, da plataforma online e da Linha da Amizade, projetos aos quais pretendemos dar continuidade mas em moldes diferentes, a partir de Setembro.

Ambas as soluções visaram dar continuidade ao trabalho realizado em prol do envelhecimento saudável e participativo, no decorrer dos nossos ateliês presenciais do Clube dos Velhos Amigos, e de continuarmos a fazer companhia às pessoas que se encontravam em isolamento devido ao confinamento, lançámos a 13 de Abril a plataforma online app.icreatepoiares.pt e a Linha da Amizade através de 2 números gratuitos: 302 001 242 / 302 001 243, disponível de Segunda a Sexta-feira, das 10h00 às 18h00.

Durante 11 semanas (13 de Abril a 27 de Junho), foram disponibilizadas 132 sessões, que continuam online, devidamente organizadas por meses, para serem vistas e revistas sempre que os utilizadores assim o entenderem. Para além da nossa equipa, Alda Oliveira, Christobel de Cruz, Fátima Carvalho, Inês Silva e Vera Carvalho que esteve semanalmente presente na dinamização dos vários ateliês, consoante, a formação de cada elemento, contámos também com a participação dos seguintes parceiros, aos quais mais uma vez agradecemos a disponibilidade e empenho neste projeto:
– Centro Bebés e Barriguitas, representado pela fisioterapeuta Patrícia Castanheira;
– Cuide de si com Amor, representada por Elsa Borges;
– EPALE Infonet, representado por Carlos Ribeiro;
– Ginásio Holmes Place de Coimbra, representado pelo instrutor Diogo Andrade;
– Homeopata Vera Gamas;
– LMI, de Vila Nova de Poiares, representada por Miguel Santos;
– Plesse Cosmética Natural, representada pela farmacêutica Lurdes Graça;
– Psicóloga e Hipnoterapeuta Rita Silva;
– Professor de Cavaquinho, Álvaro Oliveira;
– Celeste Vieira através da colaboração mensal nas sessões de Mindfulness;
– Time4Family, representada pela animadora Dulce Janeiro.
De salutar também que para além da nossa equipa e dos parceiros mencionados, também alguns dos nossos Velhos Amigos participaram ativamente na elaboração de trabalhos, nomeadamente, em tricô, que foram divulgados através do Ateliê Lãs Solidárias, que decorria à Quarta-feira às 15h00.

Recebemos alguns feedbacks sobre a nossa plataforma, que nos deixaram muito felizes e realizados pelo trabalho que nos disponibilizámos a fazer, em tão pouco tempo, e numa vertente na qual nunca tínhamos trabalhado, isto é, em aulas online. Para além disso, através dos feedbacks que recebemos, e que partilhamos alguns, foi possível percebermos que estamos a alcançar um público diversificado, intergeracional e que nos acompanha de várias partes do país.

Por fim, é importante salientar que ao longo de cerca de 2 meses e meio de plataforma online, conseguimos alcançar 3500 visitantes, numa média de 50 visitantes/dia.

Assim, como o regresso às atividades presenciais impossibilitam a continuidade de um trabalho que envolve vários parceiros e voluntários, e apesar das sessões da APP e a disponibilidade da Linha da Amizade “irem de férias” garantimos que vamos voltar a estas soluções a partir de setembro, mas noutros moldes.

Agradecemos a todos os que viajaram connosco nesta aventura. Se vos fizer sentido, deixem o vosso comentário nesta publicação, sobre o trabalho que desenvolvemos através destes projectos durante estes dois meses.

Até já.

O vôo das experiências locais para um global mais solidário

No âmbito do projecto Alternativas e com uma organização da COOLABORA na Covilhã realizou-se ontem dia 30 de Outubro a sessão “Experiências Locais e Transformações Societais” que assentou em várias dinâmicas de reflexão, debate e sistematização de ideias e de propostas para o futuro, tendo em vista a progressão dos movimentos de base comunitária na sua intervenção local.

Numa primeira fase foram apresentadas comunicações relacionadas com experiências locais alternativas em Espanha e Portugal e foram ainda lançados novos temas de reflexão tidos ou indicados como provocações.

Numa segunda fase o debate foi muito interactivo e marcado por experiências e visões muito diferentes dos intervenientes, mas com uma preocupação comum: como avançar tendo em conta as experiências vividas e em curso e, que barreiras ultrapassar para afirmar de forma mais efectiva, na sociedade portuguesa, uma outra visão do “viver juntos” marcado por valores soclidários.

João Ferrão encerrou os debates com várias ideias-força e sugestões de aprofundamento em torno de referências fundamentais, tais como: a normatividade intrínseca aos movimentos; a dicotomia utopia/urgência, o macrocontexto e as condições para a afirmação de alternativas, o local e o localismo, a geografia dos sintômas, das causas e das soluções, a visão multiescalar, o nível translocal, a informalidade e os seus limites e o imperativo da erradicação das visões dicotómicas para agir em favor da harmonia entre os vectores da economia, do ambiente e da comunidade, para favorecer o desenvolvimento.

CR/Covilhã 30 de Outubro 2018, fotos CR/Caixa de Mitos

 

Livraria solidária é cultura, animação comunitária e economia solidária

EXPERIÊNCIAS LOCAIS
A cultura como base de agregação de vontades e de interacções na comunidade. Note-se a referência “As receitas dos livros reverterão para causas culturais e solidárias da freguesia, como leituras ao domicílio e serões de conto”. Uma perspectiva de reinvestimento e de economia solidária.

PUBLICADO PELO “O CORVO”
Em Carnide há uma livraria solidária e leva histórias a casa de quem está sozinho
5 DE MARÇO 2018 · Texto: Sofia Cristino
Qualquer pessoa pode doar e comprar livros a preços que não ultrapassem os cinco euros, na nova livraria solidária de Carnide. Aberta há pouco mais de uma semana, já muitas pessoas a visitam, principalmente pelos valores acessíveis. Tanto que, logo no primeiro dia, uma mãe apareceu em busca de uma edição d’Os Maias para a sua filha poder lê-la. As receitas dos livros reverterão para causas culturais e solidárias da freguesia, como leituras ao domicílio e serões de conto. “Vamos visitar famílias com pais que não sabem ler ou escrever, que é uma realidade ainda muito presente”, afirma Paulo Quaresma, um dos mentores da livraria e antigo presidente da junta de freguesia. Os serões de conto terão lugar em sítios inesperados, como um café ou uma esquadra da polícia. A Boutique da Cultura, entidade que criou o espaço, recebeu inscrições de 70 pessoas para fazer voluntariado. “Até da Margem Sul vieram, o que também mostra o muito interesse que existe por este tipo de iniciativas”, salienta João Oliveira, outro dos responsáveis.

Fotografia Créditos do “O Corvo” e texto do O Corvo de Sofia Cristino

Publicado por Carlos Ribeiro/ 9 de março 2018