A importância da comunicação intercultural

Projecto europeu BIC conta com 6 parceiros entre os quais a Associação Check-IN (Portugal)

A ideia do projeto Building Intercultural Competences (B.I.C.) surge da necessidade de sensibilizar os jovens sobre a importância da comunicação intercultural e da compreensão mútua. Em comparação com o passado, o mundo tornou-se globalmente aberto e os jovens precisam de deixar a sua zona de conforto e explorar diferentes mundos através do estudo, trabalho e viagens. Isso cria novos ambientes multiculturais em locais tradicionalmente monoculturais. No entanto, a Europa enfrenta grandes desafios na promoção da inclusão social e da diversidade cultural como valores fundamentais que unem os Estados-Membros. Building Intercultural Competences  (BIC), é um projeto financiado pelo o Programa Erasmus +, o contrato № 2019-1-BG01-KA205-062110, que visa ajudar os jovens a entender a importância da inclusão social e da diversidade cultural e desenvolver competências interculturais. Isso ajudará a superar possíveis problemas causados por estereótipos, mal-entendimentos e ignorando as necessidades do próximo.

Os parceiros do projeto Building Intercultural Competences (B.I.C.) são de toda a Europa, com diferentes conhecimentos e experiências para partilhar: Varna University of Management (Bulgaria), Cross Culture International Foundation (Malta), Inter Alia (Grécia), Demostene Centro Studi Per La Promozione Dello Sviluppo Umano (Itália), Association for Sustainable Development SFERA – International (Norte da Macedonia), Associação Check-IN (Portugal). Todas as organizações do consórcio trabalham com jovens de diferentes origens culturais. A experiência entre os parceiros, fornece a combinação de competências ideais para oferecer ferramentas inovadoras na construção de competências interculturais para os jovens. 

Ao explorar e partilhar boas práticas, estratégias inovadores para lidar com os desafios em ambientes multiculturais nas organizações juvenis e superar choques culturais, estereótipos, preconceitos, discriminação e estigmatização por meio da comunicação intercultural e do diálogo entre os jovens. O projeto Building Intercultural Competences promoverá os valores comuns da União Europeia. O projeto resultará na criação de dois guias interativos, realização de seis debates locais, duas sessões internacionais e a primeira será realizada a 3 de abril, em Atenas (Grécia).

Para mais informações, visita o site do projeto: http://project-bic.vum.bg/index.php/en/

Fonte: projeto Building Intercultural Competences (B.I.C.) Associação Check-IN

Estudantes-artesãos, precisa-se!

Carlos Ribeiro | Caixa de Mitos | Animador dos workshops CULINART

Os sistemas de qualificação devem passar da referência nuclear do diploma para o valor acrescentado na co-construção de comuns, ou seja daquilo que é útil e utilizável por todos.

Nas sessões de trabalho do projecto CULINART realizadas no passado dia 18 de Fevereiro na Póvoa de Varzim a palavra de ordem foi a conversa livre e irreverente. Para pensar soluções relacionadas com as qualificações de cozinheiros e cozinheiras criativos/vas partiu-se de uma hipótese de sistema alternativo ao tradicional processo baseado nos conteúdos, nas práticas e na avaliação desenvolvido a partir de regras de hierarquia e de autoridade formal incontestáveis, das escolas, dos centros de formação e até dos estabelecimentos de ensino superior.

A hipótese de ser adoptado um outro paradigma assente em dispositivos e/ou espaços capacitantes organizados de forma reticular, aptos para lógicas de auto-organização dos percursos formativos foi equacionada, tendo por finalidade favorecer uma relação estratégica das aprendizagens com o território e com o seu desenvolvimento sustentável. A malha de espaços de aprendizagem deveria estar em conformidade com uma visão especializada desejada para o território. Veja-se por exemplo o interesse em desenvolver uma lógica formativa de cozinheiros (as) criativos (as) focada no enoturismo. As entidades desta área deveriam estruturar uma base pedagógica, negociada certo, com as diversas entidades formadoras, mas devendo ser central no sistema de qualificação. Ou seja, descentrar do estabelecimento de ensino ou de formação o enfoque e a dinâmica formativa, favorecendo uma abordagem pelas competências em detrimento dos saberes formais instituídos.

Cada diplomado cuja certificação tenha resultado de um sistema flexível e adaptado ao processo de desenvolvimento sustentável do território deveria ver certificados os contributos específicos que terá introduzido no contexto do seu processo formativo para associar ao diploma uma visão de desenvolvimento da comunidade e não apenas a sua valorização como aprendente. Ou seja, cada vez mais se pede que existam estudantes-artesãos, que realizem obra e que assumam uma forte consciência social do seu papel no desenvolvimento.

Projecto europeu TellMe apresentado na Fundação Saramago

Theatre for Education and Literacy Learning of Migrantes in Europe (TellMe) é o título do projecto apoiado pelo Erasmus+ que pretende desenhar, testar e dissiminar uma metodologia específica para a aprendizagem de uma língua estrangeira através de técnicas teatrais. O seu público-alvo são os migrantes e os refugiados que revelam uma necessidade urgente nesta matéria já que o domínio da lingua do país de acolhimento surge como um imperativo para a inclusão social dos recém-acolhidos.

O projecto foi apresentado na Fundação Saramago pelos parceiros do projecto a ASTA (www.aasta.info), Portugal e pelo Il Nobel per i disabili (www.comitatonobelididisabili.it) Itália, tendo havido ainda apresentações de enquadramento a cargo da Câmara Municipal da Covilhã e do CPR – Conselho Português para os Refugiados. Do programa do evento constaram ainda as seguintes intervenções:

– Jacopo Fo, presidente do Nuovo Comitato Il Nobel per i disabili (por videoconferência)

– Nazzareno Vazapollo, gestor do projeto Tell Me, em Itália

– Sérgio Novo, gestor do projeto Tell Me, em Portugal

– Maria Teresa Mendes, presidente do Conselho Português de Refugiados

– Isabel Galvão, professora de português nos centros de educação do Conselho Português de Refugiados

O projecto já produziu um primeiro manual em português – Migrantes, Aprendizagem e teatro – que pode ser consultado e descarregado a partir da plataforma digitalhttps//social.tellmeproject.com.

A EPALE estve presente e participou no evento através de Carlos Ribeiro, Embaixador para a Educação informal e não – formal.

CR/junho2018