Sempre estivemos cercados por tragédias desde os primeiros tempos da Humanidade – secas, inundações, guerras, ódios e fome – culpa do Homem ou de alguma entidade misteriosa ou divina? Este é o ponto de partida para uma Comédia que demonstra e põe a ridículo os comportamentos que nos podem conduzir a uma Catástrofe.
A partir de 16 de Janeiro De quintas a sábados às 21H30, domingos às 17H00
Le Monde Diplomatique Manière de voir n°169, février-mars 2020
Os curdos lutam há um século para obter, na “impossibilidade” de um Estado, o reconhecimento de seus direitos políticos e culturais; desde há um século que colidem com os interesses dos países mnos quais vivem – Iraque, Irão, Síria e Turquia -,numa luta pontuada por guerras, traições, divisões, massacres, mas também de esperanças, resistências e algumas vitórias … De regresso a uma epopeia.
(continuação em francês)
Voilà un siècle que les Kurdes se battent pour obtenir, à défaut d’un État, la reconnaissance de leurs droits politiques et culturels ; un siècle qu’ils se heurtent aux intérêts des pays où ils vivent – Irak, Iran, Syrie et Turquie -, dans une lutte jalonnée de guerres, de trahisons, de divisions, de massacres, mais aussi d’espérances, de résistances et de quelques victoires… Retour sur une épopée.
Numéro coordonné par Akram Belkaïd
Édition : Olivier Pironet Conception graphique : Boris Séméniako Iconographie : Laetitia Guillemin Photogravure : Patrick Puech-Wilhem Cartographie : Cécile Marin Correction : Xavier Monthéard et Florent Paillery Remerciements à Olivier Piot et Claire Pilidjian
Le 24 juillet 1923, le traité de Lausanne remettait en cause la création d’un État kurde pourtant promise par le traité de Sèvres (10 août 1920) conclu après la première guerre mondiale. Ce revers d’importance n’empêcha pas les Kurdes de tenter d’obtenir gain de cause au cours des décennies qui suivirent. Dans un Proche-Orient miné par les crises, leurs rares victoires ne furent jamais pérennes.
Les dures leçons de l’histoire ///// Kendal Nezan
Ouverture à Bagdad, inquiétude à Ankara et Téhéran ///// Éric Rouleau
L’apaisement puis encore la guerre ///// Kamuran Bédir-Khan
Naissance et chute de la République de Mahabad ///// Thomas Bois
Divisions, alliances et revirements ///// Elizabeth Picard
Répression ordinaire en Iran ///// Jan Piruz
II. Résurgences et résistances
À partir des années 1980, la question kurde se duplique en deux conflits majeurs. Le premier, en Irak, n’est que la continuation de décennies faites d’alternance entre répression armée et tentatives de règlement pacifique. Le second, en Turquie, signe l’avènement d’un nouvel acteur décidé à arracher par les armes des concessions à Ankara : le Parti des travailleurs du Kurdistan (PKK).
Quand le PKK prend les armes ///// Christiane More
Gazage à grande échelle ///// Kendal Nezan
Enlisement turc au Kurdistan ///// Alain Gresh
Une bien incertaine autonomie ///// Michel Verrier
Le cinéma face au conflit en Anatolie///// Nicolas Monceau
III. Espérances et nouvelle donne
L’autonomie du Kurdistan irakien, l’ouverture de négociations de paix entre Ankara et le Parti des travailleurs du Kurdistan (PKK) ainsi que l’expérience de communalisme démocratique dans le nord-est de la Syrie ouvrent de nouvelles perspectives aux Kurdes. Mais l’émergence de l’Organisation de l’État islamique (OEI) et les tensions entre le Gouvernement régional du Kurdistan (GRK) et le pouvoir irakien font renaître les logiques de guerre.
L’année où tout parut possible ///// Vicken Cheterian
Les images accompagnant ce numéro sont de : – Mathias Depardon, Christophe Petit-Tesson, Emilien Urbano, Ako Goran. – Goran Tomasevic, de l’agence Reuters. – les archives Ali Qazi, Saman Barzinji, Homer Dizeyee, Mullazem Omar et les photographes Francois-Xavier Lovat, Chris Kutschera de The Photolibrary of Kurdistan – Bruno Barbey, Thomas Dworzak, Nikos Economopoulos, Susan Meiselas, Lorenzo Meloni, Emin Ozmen, Gilles Peress, Moises Saman, de l’agence Magnum.
Workshop A Travessia do Clown uma viagem de iniciação à arte do palhaço com Eva Ribeiro 18&19 de Janeiro | COIMBRA Sobre o workshop A Travessia do Clown é uma oficina de iniciação ao estado e ao jogo do palhaço. O palhaço ou clown é um estado que vive e pulsa a partir de nós próprios quando aceitamos “ser” em essência e pureza, movidos pelo prazer de jogar conexão com o público e com os nossos parceiros. Numa visão do palhaço enquanto ser arquétipo, vivido a partir de um estado de autenticidade, loucura e generosidade, vamos investigar o riso e quais os seus gatilhos. Neste workshop procuramos deixar o corpo “falar” e tomar consciência de como este corpo pulsa e vive a partir da emoção e da fragilidade. Conectaremos com o Aqui e o Agora, com a nossa respiração e com a curiosidade inata que nos move. Navegando por mares desconhecidos, revisitamos nesta Travessia Clown, através de exercícios específicos desta arte, o prazer de brincar e a aceitação do erro como parte do elemento de jogo. Duração 16h / nº minimo participantes: 6; nº máximo 20
ONDE TEUCassociação académica de Coimbra HOráriO10h às 17h (com pausa para almoço) público-alvotodas as pessoas que desejem aprofundar o conhecimento sobre si mesmo, o seu corpo e a sua presença diante de um públiconão é necessária experiência préviaprofessores, musicos, artistas performativos, atores, bailarinos, entre outros valor 65 euros50 euros (estudantes/parceiros TEUC)
palhaça, atriz cómica e formadora Pesquiso as linguagens do circo, do teatro e das artes performativas desde 2004. Colaboro com grupo e outros artistas na criação de espetáculos e sou autora dos meus espetáculos solo: Madame Kill (2013) Chic! (2015) Pimpinella (2016) A Cerimónia (2019) The Tomate Show (2018). Tenho vindo a apresentar estas criações em diferentes contextos de encontros, festivais, mostras, etcDesde 2019 faço parte do projeto As Testemunhas duo cómico juntamente com Rafa Santos. Em 2007 terminei a minha formação em Teatro na ESAP (Porto) e em 2009 em Teatro Físico na Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq em Paris (França). Tenho feito cursos regulares com vários mestres da palhaçaria mundial tais como Pedro Fabião (PT), Pedro Correia (PT), Adelvane Néia (BR), Silvia Leblon (BR), Ésio Magalhães (BR), Jeff Johnson (EUA\México); Johny Melville (Escócia), Tom Roos (BE), Red Bastard (ENG); palhaço Tomate (ARG), Matteo Cifariello (IT) Virginia Imaz (País Basco,ES) Jesus Jara (ES) Elise Ouvrier Deboufet (FR) entre outros.Faço igualmente investigação continuada nas áreas da música, da dança, do circo e das terapias não-convencionais como forma complementar de enriquecimento pessoal e artístico. Realizei vários trabalhos nas áreas do teatro social e comunitário dando formações ou criando exercícios teatrais com grupos e associações de caráter social. Uno a paixão pela viagem e por conhecer diferentes culturas ao meu trabalho. Colaboro pontualmente com outros artistas e companhias na criação de espetáculos e na organização de cabarés, mostras e festivais de circo e palhaçaria. Dou cursos e faço treinamento de Clown. Participo activamente em iniciativas de Clown social tais como Palhaços Visitadores, projeto de visitas regulares de palhaços a lares de idosos e centros de dia, do qual sou fundadora e coordenadora. www.evaribeiro.pt
Nasceu a nova Federação de Associações de Pais e Encarregados de Educação de três Regiões, a Oeste, Lezíria Tejo e Médio Tejo. Esta bela Federação irá representar cerca 128500 Alunos, de 876 Escolas de 36 Municípios. No dia 11 de janeiro de 2020 na bela cidade de Abrantes, irá acontecer a sua primeira Assembleia Eleitoral, como a Cerimônia de Tomada de Posse. Irá estar presente nesta Cerimônia entidades como a Sra Secretária de Estado da Educação Dra Susana Amador, o Presidente de Câmara de Abrantes, Diretores dos diversos Agrupamentos de Escolas, a Confederação Nacional de Associações de Pais, Federações dos diversos pontos do nosso País, Associações de Pais, Associações de Estudantes, Pais/Mães, Professores, e Educadores. Será um grande momento para o Movimento Associativo Parental Nacional. Venha participar, venha fazer parte deste grande momento histórico e conhecer a sua Federação.
Fonte ERA – Encontro Regional de associações de pais e encarregados de educação
A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, participou, esta manhã, numa reunião com agricultores e autarcas para avaliação dos impactos das cheias no Baixo Mondego e noutras regiões do país, a qual teve lugar na sede da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.
No seguimento de um acompanhamento próximo e de um diálogo constante, Maria do Céu Albuquerque anunciou hoje os apoios destinados aos agricultores afetados pelas depressões Elsa e Fabien. A medida de restabelecimento do potencial produtivo do PDR2020 apoia os agricultores afetados por catástrofes naturais e acontecimentos catastróficos. Depois de analisada a informação meteorológica emitida pelo IPMA (Instituto Português do Mar e Atmosfera) e de avaliada a área atingida, será então possível avançar com o apoio à reposição do potencial das explorações agrícolas afetadas não só na região centro, mas também na zona norte do país.
As Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) devem fazer o levantamento de todos os danos até 20 de janeiro, de forma a permitir a abertura desta medida até ao fim do mês.
Segundo a Ministra que tutela a agricultura, “serão disponibilizados os montantes suficientes para fazer face aos investimentos”. Os níveis de apoio são:
100% da despesa elegível igual ou inferior a 5000€
85% da despesa elegível entre 5 001€ e 50 000€
50% da despesa elegível entre 50 001€ e até 800 000€
Caso seja cima de 800 000€, o apoio é atribuído até ao limite desse apoio
“São elegíveis os ativos tangíveis e os ativos biológicos que integram o capital produtivo da exploração: animais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções rurais de apoio à atividade agrícola, incluindo plantas de viveiro, infraestruturas de rega e estufas”, afirmou Maria do Céu Albuquerque, adiantando que,
“existindo ainda áreas submersas, poderá vir a justificar-se a abertura de uma 2ª fase de candidaturas”.
Este encontro contou com as presenças de Associações e Cooperativas, representantes dos agricultores e autarcas dos territórios afetados pelas depressões Elsa e Fabien, no passado mês de dezembro.
Lucília Salgado, investigadora em Ciências da Educação, dirigente da APCEP – Associação Portuguesa para a Cultura e Educação Permanente
Gostei de ver, no Eixo do Mal, o problema das reprovações tratado fora da escola, com outra lógica: a da cidadania. Gostei de ouvir o Daniel Oliveira chamar “deprimente” à polémica que, sobre este tema, se desenrolou, a propósito do Programa do Governo. Triste é, para mim, a dicotomia “chumba”/não “chumba”, sem qualquer outra ponderação, que se verifica na maioria das práticas do sistema escolar, por vezes parecendo indiferentes ao que acontece à criança que, com isso, sofre. Gostei de ver colocada, pelo Daniel Oliveira, a questão de saber o que acontece a quem chumba. Na maior parte das vezes, “dá-se-lhe mais do mesmo”, mostrando-se o sistema indiferente à identificação e correção das causas que levaram à reprovação.
A maioria das reprovações no Ensino Básico
Sabemos que haverá crianças, ou adolescentes, que terão alguma dificuldade, de ordem psicológica ou mesmo de motivação; sabemos que outras sofrem de problemas, mais ou menos graves, de ordem social ou familiar. Mas, o que os números mostram, e a sociologia da educação – que foi sendo retirada das escolas de formação de professores! – explica, é que grande parte dos alunos que reprovam tem caraterísticas comuns, tendo na sua origem as baixas qualificações escolares dos pais. Como estas crianças não são menos dotadas do que outras, teremos de concordar que a oferta educativa lhes é inadequada.
A sociologia da educação, desde os anos 80, apresenta para este insucesso escolar precoce – surge nos primeiros anos de escolaridade – atribuições causais, primeiro de natureza sociocultural, seguidamente de origem socioinstitucional. É verdadeque na origem estará algo de natureza sociocultural mas, aprofundando, encontramos a razão socioinstitucional: a escola não oferece as respostas adequadas.
Um sistema educativo que se desresponsabiliza
Pesquisando os fatores socioculturais, encontraremos, nas famílias dessas crianças, duas ordens de razões. Por um lado, ausência de literacia familiar: a prática da leitura e da escrita funcional não existe, o que não permite criar na criança a necessidade e a vontade de ler, não a leva a entender a sua funcionalidade – onde se lê, para que se lê, o que é ler… – nem a ir descobrindo como se organiza a escrita, quais as suas concetualizações. Quando a criança chega à escola, o “PA-PE-PI-PO-PU” não lhes diz nada e não lhe permite fazer os exercícios concetuais que levam à leitura. Mas o que é grave é que esta condição não conduz, apenas, a reprovações à partida. Por razões administrativas ou outras, estas crianças chegam mesmo aos 2º e 3º ciclos sem a competência de literacia estar adquirida. Isto é, não têm a capacidade de extrair o sentido de um texto escrito, necessário ao seu quotidiano (definição de Literacia). Ora, na escolaridade do Ensino Básico, esta competência é necessária, num quotidiano essencialmente letrado, onde é preciso estudar, responder a testes, ler enunciados de problemas. Digamos que não reprovam logo à partida, o sistema vai-as fazendo avançar sem o necessário conhecimento adquirido, até que acabam por reprovar e vir a engrossar os números da morbilidade escolar.
Uma segunda razão, tem a ver com a ausência de consciência, na família, da importância da escola. Os pais terão para os filhos um projeto de vida, mas ele não passa, obrigatoriamente, pela sua escolarização. A maior parte das práticas escolares são, para eles, incompreensíveis e mesmo ao relacionarem-se com professores ou pessoas escolarizadas, dificilmente conseguem ser por eles esclarecidas. A título de exemplo: podem não saber se uma nota negativa é “bom” ou “mau” (no campo da saúde é normalmente “bom” um determinado exame acusar “negativo”!). A escolaridade obrigatória foi tardia em Portugal e só em 1975 foram criadas condições efetivas para todos frequentarem a escola. A cultura escolar ainda não entrou em todas as famílias. É, por vezes difícil, aos pais, motivar os filhos e orientá-los na complexidade do universo escolar. Com a reprovação destas crianças, também estamos a reproduzir e a acentuar esta cultura.
Alternativas de natureza sistémica
É isto que faz diferentes estas crianças. Na escola, se não aprende, diz-se que a culpa é da família, que a escola não pode resolver os problemas da sociedade e… torna-se a criança vítima do seu próprio destino. O seu desenvolvimento fica afetado, podendo vir a acarretar outros problemas de inserção social. Mas, se olharmos para todo o sistema educativo, sabemos que esta situação não é fatal. Muita da investigação dos últimos anos tem elucidado este problema e encontrado algumas respostas. No entanto, nem todos estes novos conhecimentos chegam às escolas, aos professores.
Começando pela administração escolar, ter-se-ia de resolver a colocação e garantir, tanto quanto possível, a continuidade dos professores nas escolas. Não é possível, a uma criança de meio não letrado, aprender o que quer que seja com 3 ou 4 professores num ano. E é isto o que se passa em algumas turmas do interior do país e em zonas suburbanas. Será também necessário criar equipas multidisciplinares e habilitar o corpo docente com os conhecimentos necessários às intervenções adequadas. A prevenção parece ser fundamental. Talvez o recurso às tutorias merecesse a pena, nas situações mais difícieis. No entanto, desde o jardim-de-infância, poder-se-iam prosseguir estes objetivos: não se trata de ensinar a ler, mas de utilizar funcionalmente a leitura e a escrita na relação com as crianças e com as famílias. As crianças teriam oportunidade de ser interessadas na escrita e de aprender a descobri-la autonomamente, a saber como, onde, quando se utilizam estes meios e a ir desenvolvendo concetualizações acerca do ato de ler e escrever (psicogénese da leitura e da escrita). Indo mais longe, dever-se-ia começar este processo na creche, tornando até o livro o brinquedo preferido das crianças. Acompanhando este trabalho com a inserção dos familiares, cedo, nas práticas educativas, poder-se-ia encontrar um meio para levar a literacia para a família. Conhecemos boas experiências.
O sistema educativo teria de chegar aos familiares destas crianças, muitos deles analfabetos – ou não andaram na escola ou foram já vítimas de insucesso – procurando responder às suas necessidades de aprendizagem, consideradas esta como um direito de cidadania. Numa investigação nacional em 2009 tivemos oportunidade de verificar que pais, que estavam em processos de educação de adultos adequados (RVCC) e que tinham, simultaneamente, filhos a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico, desenvolveram a literacia familiar no contexto doméstico e adquiriram autoeficácia para intervir na escola dos filhos e apoiar as crianças. Se, em Portugal, estes processos fossem generalizados, reconhecidos e apoiados, poder-se-ia inserir esta perspetiva nos programas de combate ao insucesso escolar e todos ganhariam: as crianças, os adultos, a sociedade, o desenvolvimento do país. Será necessária uma abordagem sistémica, bem diferente do “chumba” ou “não chumba”.
Publicado no Jornal de Letras de 1 a 14 de Janeiro de 2020 pg. 5
Numa viva e animada interacção intelectual, os investigadores e ativistas espanhóis Joan Subirats e César Rendueles valorizam o papel da atividade comum, o commoning, na mobilização das populações nos municípios, nas escolas ou nas cooperativas.A experiência da rede internacional de “cidades sem-medo” e “municipalismo” percorrem este livro e abrem perspectivas num momento em que em França muitos intervenientes querem construir “cidades em comum (s)”
César Rendueles est professeur de sociologie à l’Université Complutense de Madrid, spécialisé en philosophie politique et gestion culturelle. « Un des grands défis politiques est de résister à la marchandisation en trouvant une place pour le paradigme du commun dans un paysage institutionnel démocratique et égalitaire plus large. Il est beaucoup plus facile d’inoculer l’individualisme dans une société que de créer une solidarité et de la coopération. C’est la principale leçon que nous enseigne le dilemme des communs. »
Joan Subirats, spécialiste des questions urbaines et de la gestion publique à l’Université Autonome de Barcelone, est engagé auprès d’Ada Colau à la mairie de Barcelone avec Barcelona en comú. « Dans la plupart des programmes municipaux en communs, quatre points étaient mis en évidence : récupérer les institutions au service du peuple ; répondre à l’urgence sociale et l’augmentation des inégalités ; impliquer plus directement des citoyens dans les décisions publiques ; renforcer le sens éthique et la morale publique. »
Sommaire
Avant-propos Qu’entendons-nous par communs ? Le débat Hardin-Ostrom Capitalisme, communs et grande transformation Karl Polanyi Distribution et revenu de base Capital social / capital culturel Coopérativisme Échelles Communs numériques Élitisme et innovation sociale Vie privée et contrôle Démocratie représentative directe Coproduction / dynamique participative / soins Pour conclure
Postface pour l’édition française – 1
Vers l’institutionnalisation des communs (César Rendueles)
Postface pour l’édition française – 2
La sphère locale comme espace du commun : l’expérience de Barcelone (Joan Subirats)