Juntos
José Alberto Rio Fernandes, Professor Catedrático UP, Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos
Precisamos de nos afastar uns dos outros. Recomendam-nos que fiquemos em casa e, tendo de sair, que nos mantenhamos a uma distância de segurança. O resultado é desolador: as ruas e praças estão praticamente vazias e os equipamentos públicos fechados; não há pessoas nas esplanadas, nem nos jardins públicos e os turistas, que eram mais que os residentes, são agora raros, tendo até passado a ser vistos com estranheza.
MAIS JUNTOS QUE NUNCA
Todavia, estando nós afastados uns dos outros e alguns até completamente sós, é bom perceber-se que estamos, contudo, mais juntos que nunca.
Há insegurança no ar e é compreensível que alguns tendam a criticar (quase) tudo e todos, quaisquer que sejam as medidas, por serem poucas e tardias, ou em excesso. Todavia, importa confiar e, de forma geral, temos confiado nos políticos que nos dirigem, no governo, ou no nosso município – e obedecido!
PREOCUPAÇÃO COM A COLETIVIDADE
Além de reconhecermos a sua importância, importa-nos também a qualidade do serviço nacional de saúde e dos seus profissionais. E é excelente. Confiemos, pois! Porque não é este o tempo para o debate sem sentido, mas sim para o sentido de Estado e para a preocupação com a coletividade, para com os nossos mais próximos e todos os demais também, porque todos dependemos uns dos outros.
COMBATE À SOLIDÃO
Felizmente, por todo o lado há bons exemplos. É o caso de amigos, como o João, no Porto, que telefona a pessoas idosas e fala com os vizinhos, à distância, incentivando outros pelo facebook a mostrarem solidariedade e a serem gentis; ou da Inês que, em Braga, se disponibiliza a fazer compras a quem tenha necessidade de ficar em casa; ou ainda do José Carlos que, em Aveiro, criou uma rede virtual para combate à solidão que já tem mais de 7.000 seguidores. Três de muitos. Um abraço a eles. E a todos.
Estamos juntos!
Editado, texto original para subtítulo | Praça |CR