EPALE | Amanhã aprende-se nas prisões

PRAÇA DAS REDES | 16 de dezembro 2020 | INFO EPALE

EPALE discussion: Basic Skills Provision in Prisons 
Make the most of EPALE by logging into your account. This will allow you to rate and comment on content, and it will give you access to our full range of features. Dear EPALE colleagues, we are pleased to announce that on 17 December 2020 from 2 pm to 4 pm (CET) EPALE is hosting an online discussion that will address basic skills provision in prisons to elaborate on its potentials to support the social inclusion of adults in prisons.The discussion will have a brand new live streaming format with international experts who will share their experiences in the theme. Our guest speakers will be James King (Head of Learning & Skills from the Scottish Prison Service and new Secretary of the European Prison Education Association) and Maria Toia (EBSN’s expert in adult education and pedagogy).►Join the discussion and post your comments and questions for our experts here! EPALE’s Latest ContentHow digital arts can contribute to the social inclusion of elderly people (EN)Elderly people affected by dementia and other degenerative brain diseases can benefit from innovative practices, and the training of professionals is essential now more than ever.Social inclusion of the ageing population: summary of the discussion’s contributions (EN, SK, ES, CS, LV, ME)During the online discussion on the social inclusion of the ageing population and intergenerational learning EPALE hosted lots of interesting and relevant contributions from its community. Let’s have a look on what happened!EPALE OER collection and MOOC on Introduction to Adult Numeracy Training (EN, DE, ES, HU, SV, EL, ME)Although numeracy has always been an essential element in basic skills training programs, it is often not in the forefront for basic skills policies and practice. Therefore, our OER collection and MOOC made in collaboration with the European Basic Skills Network will aim to provide an introduction to adult numeracy training.EPALE interviews: Graciela Sbertoli – European Basic Skills Network (EN, ES, EL, DE) We talked with Graciela Sbertoli, General Secretary of the European Basic Skills Network, about how the adult learning provision sector is reacting to the current pandemic.Mining Memories. Mobile programmes for senior citizens (EN, DE)How can culture be brought to the elderly? Anja Hoffmann reports from the LWL Industrial Museum on how museums are managing the interplay between memory, imparting knowledge, and accessibility. Make the most of EPALE by logging into your account. This will allow you to rate and comment on content, and it will give you access to our full range of features.
EA | Uma rede informal de apoio à inclusão de migrantes e refugiados

PRAÇA DAS REDES | 8 de dezembro 2020 | Conclusões de Relatório

 Clara Costa Oliveira, Professora Associada com Agregação, irradia no seu contexto de intervenção imensas energias e incentiva aqueles que a acompanham a realizarem voos audazes, com destaque para os interventores na área da educação de adultos. Depois de um período sabático sistematizou no seu Relatório de Sabática as suas experiências e reflexões. Transcrevemos aqui as conclusões que incorporam ensinamentos relevantes para os atores da educação-aprendizagem ao longo da vida.

Este ano sabático mudou a minha vida profissional e consolidou epistemologicamente a investigação-acção que sempre empreendi, desde o meu mestrado. A importância de ser um entre pares na pesquisa quando se trabalha com pessoas, foi extraordinariamente reforçada, especialmente junto de população migrante e refugiada. Vali-me sempre da minha vinculação epistemológica e epistémica ao paradigma de complexidade, que aprofundei e desenvolvi face à educação não formal e informal, como alguns artigos demonstram, bem como os trabalhos científicos por mim supervisionados.

A vinculação ao paradigma da complexidade e à metodologia de investigação-acção suportam a inserção neste relatório académico de métodos aparentemente não académicos de pesquisa, mas que se revelaram fundamentais para a inclusão dos públicos acima mencionados, principal foco da concretização da investição-acção do ODS Educar para a Paz. Os documentos por mim produzidos, bem como textos de público-alvo, e de orientandos por mim  supervisionados, assim demonstram na avaliação desse tipo de actividades, promotoras de alegria e bem-estar, base da saúde de qualquer pessoa.

Seguindo Antonovsky (1987), descobri, reinventei e socorri-me de competências que possuía para poder intervir e formar quem comigo actuou junto daquele tipo de população-alvo. Nesse sentido, a formação certificada em dança e coreografia, bem como a não certificada em yoga e meditação de yoga (que pratico há 30 anos) foram assumidos como recursos de resistência para ajudar a que pessoas sem sentido de identidade, sem tecto, discriminadas, sem literacia, etc, se auto-organizassem autopoiticamente, ao seu próprio ritmo (Oliveira, 1999). De igual modo me foi muito útil ter começado a minha experiência como docente como professora do 2º ciclo de francês (com habilitações certificadas pelo curso completo da Alliance Française).

Trabalhar com migrantes e refugiados exigiu uma pesquisa que aqui não pode ser demonstrada; estudar com pormenor diferenças intra religiosas (para além da inter religiosa, obviamente), compreender a situação geo-política de zonas do mundo que me pareciam distantes, pesquisar danças com cariz antropológico e religioso, é algo que foi continuamente sido feito, e ainda continua. Coordeno, após o ano sabático, uma rede informal de apoio à inclusão de migrantes e refugiados, onde todos agimos como voluntários, em todas as áreas que nos é solicitada ajuda. Esta rede comunica continuamente com pesquisadores nacionais e brasileiros da mesma área, bem como ji«unto da EPALE, cujos resultados deveriam ter sido apresentados no âmbito desta sabática, no Congresso Internacional do CEHUM, acima mencionado, e que por duas vezes teve que ser adiado, estando agora previsto para Abril de 2021.

A dimensaõ artística foi utilizada em todas as actividades mencionadas como relacionadas com a Educação para a Paz, bem como na supervisão e formação de técnicos superiores de educação em danças circulares; veja-se em especial os relatórios 1,2,8,9, do Quadro 1.

Aquando do Congresso do CEHUM acima mencionado, espero ter já escrito um artigo em co-autoria com um dos refugiados dos quais fui mentora do ACM sobre a filosofia da educação de Gulen, assim como ter adiantado um livro digitalizado sobre precursos de fuga de algumas das pessoas com as quais partilhei a pesquisa empreendida neste ano sabático; vários testemunhos estão já recolhidos, mas o ano lectivo com COVID 19 veio atrasar a sua concretização.

Ainda no âmbito dos ODS, o conhecimento por dentro de algumas instituições ditas de acolhimento, integração e inclusão deste tipo de população revelou-surpresas dignas de documentários de terror, uns, e de boa vontade sem formação adequada, noutros casos. Algumas das publicações acima enunciadas descrevem estas situações, com manutenção de anonimato das instituições, de acordo com as regras deontológicas de investigação académica.

Outros ODS foram também alvo da investigação-acção empreendida neste ano sabático, como pode ser verificado nas publicações e comunicações orais, bem como nas colunas 3 e 5 do Quadro 1, no que respeita a teses de ME-EAIC, e na supervisaõ do pós-doc acima mencionado.

A falta de formação de agentes sociais no âmbito social não formal e informal deu origem a vários cursos breves, solicitados por vários grupos e organizações, acima mencionados. Com efeito, a débil formação em educação não formal e informal, sobretudo de adultos, em Portugal é grave, reconhecido ao nível europeu (AAVV, 2020) e  no qual a UMINHO deve continuar a apostar, revendo, no meu entendimento, os conteúdos da formação ministrada, num esforço de actualização inevitável e contínuo, se queremos continuar a ser credíveis.

Por fim, salientar que há muitos anos que todas as actividades de formação científica e de extensão universitária são ministradas em regime de voluntariado.

Monsul, 7 de Setembro de 2020, Clara Costa Oliveira; Professora Associada com Agregação

EPALE| A inclusão social da população em envelhecimento

A INCLUSÃO SOCIAL DA POPULAÇÃO EM ENVELHECIMENTO E A APRENDIZAGEM INTERGERACIONAL (I)

por Carlos Ribeiro, Caixa de Mitos – EPALE

O que entendemos por inclusão social da população em envelhecimento é matéria relevante para entramos no desafio da EPALE que pretende que este assunto e o da aprendizagem intergeracional sejam objeto de debates e iniciativas ao longo do mês de dezembro 2020.

Da nossa parte na Comunidade de Prática desejamos contribuir com 10 CASOS, experiências ou práticas promissoras que alimentem a reflexão a nível europeu.

Podemos pegar no tema pelo seu inverso, ou seja, questionar de forma simples e clara: será que à medida que as pessoas envelhecem elas ficam mais expostas ao risco de exclusão social?

Indicadores

Que indicadores podemos associar a uma situação de exclusão social?

  • viver isolado, de forma solitária e sem interações sociais. Neste caso, excepto para as situações que resultem de opções da própria pessoa, podemos admitir que a vida à margem de uma dinâmica social mínima pode ser causa para sofrimento e para uma exposição a perigos, por ausência de retaguarda, que pode ser causa de acidentes de natureza diversa;
  • viver sem os recursos básicos e essenciais a uma vida digna por redução drástica nos rendimentos. Neste caso estamos a identificar a exclusão mais direta das necessidades de sobrevivência, mas também a exclusão de outros serviços e produtos relacionados com o bem-estar, desde a alimentação, ao lazer e à cultura;
  • viver com problemas sistemáticos de saúde em consequência da progressão da idade. Neste caso estamos a fazer apelo às questões da mobilidade, mas também à fraca disposição para a interação social. Também o tempo investido nas tarefas de manutenção da forma física e mental reduzem o tempo de uma organização quotidiana disponível para a vida coletiva e para se reequilibrar através dos outros;

Referimos três, apenas três para começar, campos de exclusão social: Logístico, económico e sanitário.

Que soluções existem?

Que soluções, que deram as suas provas, podemos tomar em conta no combate ao isolamento de pessoas que se encontram marginalizadas da vida da comunidade local?

Que experiências podem ser mobilizadas para fazer face às dificuldades económicos das pessoas em envelhecimento e apoiar o aumento de rendimento ou apoiar a superar carências concretas através de compensações?

Que soluções já foram experimentadas para dar mais tempo de vida efetiva a pessoas doentes e em agravamento do seu estado de saúde?

Carlos Ribeiro