Propostas da Comissão Europeia para o DLBC depois de 2020

A avalanche de propostas para o período 2021-2017 continua. Em 29.05.2018, a Comissão Europeia publicou a sua proposta de um novo Regulamento Disposições Comuns [COM (2018) 375 final], que confirma a continuação do CLLD, embora subsistam incertezas – e voltaremos com uma revisão crítica.

O Título III, Capítulo II do novo CPR, trata do Desenvolvimento Territorial, incluindo o desenvolvimento local liderado pela comunidade, estratégias de DLBC e Grupos de Ação Local. A abordagem multi-fundos é mantida. O Artigo 25 prevê que “O FEDER, o FSE + e o FEAMP podem apoiar o desenvolvimento local liderado pela comunidade” e que se houver “apoio de mais do que um Fundo, as autoridades de gestão relevantes podem escolher um dos Fundos em causa como Fundo Principal” e que “As regras do Fundo Principal se aplicam”.

Simultaneamente, a Comissão publicou a sua proposta de um novo Regulamento FEDER para o período 2021-2027 [COM (2018) 372 final]. O Artigo 9 abrange o desenvolvimento urbano sustentável e afirma que:

O FEDER deve apoiar o desenvolvimento territorial integrado com base nas estratégias territoriais em conformidade com o artigo [23.º] do Regulamento (UE) n.º 2018 / XXXX [novo RDC] centrado nas zonas urbanas (“desenvolvimento urbano sustentável”) nos programas abrangidos pelos dois objetivos referidos no artigo 4 do artigo 4.
Pelo menos 6% dos recursos do FEDER a nível nacional ao abrigo da meta de investimento para empregos e crescimento, para além da assistência técnica, serão atribuídos ao desenvolvimento urbano sustentável sob a forma de desenvolvimento local de base comunitária, investimentos territoriais integrados ou outro instrumento territorial. em PO5.Propostas.

Fonte LDnet PT Carlos Ribeiro

28 de Agosto de 2018

Transição ecológica: não podemos ser (só) nós a fazê-la!

Como levar uma vida mais sustentável? Essa questão suscita muito debate sobre o que as pessoas podem fazer para combater as alterações climáticas. Em muitos casos, as respostas são dirigidas aos indivíduos, pedindo que eles adotem um comportamento mais responsável, como comprar localmente, isolar suas casas ou utilizar a bicicleta em vez do carro … “Mas essas respostas individuais levantam a questão de sua eficácia na mudança de comportamento que precisa ser sistémica “, explica Kris de Decker, da Low-Tech Magazine (@lowtechmagazine).


Comment mener une vie plus durable ? Cette question génère beaucoup de débats sur ce que les individus peuvent faire pour combattre le changement climatique. Bien souvent, les réponses adressent surtout les individus, leur demandant d’adopter des comportements plus responsables, comme d’acheter localement, d’isoler leurs maisons ou de prendre leur vélo plutôt que la voiture… « Mais ces réponses individuelles posent la question de leur efficacité face à un changement de comportement qui nécessite d’être systémique », explique Kris de Decker sur Low-Tech Magazine (@lowtechmagazine). Reste du texte en français

Por Hubert Guillaud | Transition écologique : nous ne pouvons pas (seulement) la faire nous-mêmes ! Transcrito e traduzido de IntenetActu.Net


Como levar uma vida mais sustentável? Essa questão suscita muito debate sobre o que as pessoas podem fazer para combater as alterações climáticas. Em muitos casos, as respostas são dirigidas aos indivíduos, pedindo que eles adotem um comportamento mais responsável, como comprar localmente, isolar suas casas ou utilizar a bicicleta em vez do carro … “Mas essas respostas individuais levantam a questão de sua eficácia na mudança de comportamento que precisa ser sistémica “, explica Kris de Decker, da Low-Tech Magazine (@lowtechmagazine).

Existem três tipos de políticas públicas para combater as alterações climáticas: políticas de descarbonização (incentivo a fontes renováveis de energia, carros elétricos, etc.), eficiência energética (melhoria da relação de energia de eletrodomésticos, veículos, edifícios …) e mudança de comportamento (promoção de comportamentos mais sustentáveis). Os dois primeiros visam tornar os padrões de consumo existentes menos intensivos em recursos, mas muitas vezes confiando apenas na inovação técnica, eles esquecem o apoio social, o que explica por que eles não levaram a uma diminuição no consumo. emissões significativas de CO ou demanda de energia. O progresso na eficiência energética não tem em conta novos padrões de consumo e o efeito de relançamento. Da mesma forma, o desenvolvimento de energias renováveis não levou à descarbonização da infraestrutura energética, porque a procura de energia está a aumentar mais rapidamente do que o desenvolvimento de fontes de energia renováveis. Para Kris de Decker, isso reforça a necessidade de se concentrar mais na mudança social. Se quisermos que políticas eficazes de eficiência energética e descarbonização sejam efetivas, elas devem ser combinadas com a inovação social: daí a importância de políticas de mudança de comportamento!

Conflito entre visões

Apesar dos instrumentos de mudança de comportamento serem numerosos, todos eles são principalmente ou cenouras ou bastões, quando não são principalmente sermões. Mas esses instrumentos (incentivos económicos, normas e regulamentos, informação …) são baseados numa visão dos indivíduos como seres racionais: as pessoas assumiriam um comportamento pró-ambiental por razões de interesse próprio (porque é bom ou poupa dinheiro) ou por razões normativas. Mas muitas ações geram um conflito entre essas duas visões: o comportamento pró-ambiental é frequentemente considerado menos lucrativo, menos agradável ou mais longo, daí às vezes uma dissonãncia entre o que as pessoas pensam e o que as pessoas realmente fazem. Para responder a isso, podemos reduzir o custo de ações pró-ambientais ou aumentar o custo de ações prejudiciais ao planeta. Ou aumentar a dose dos comportamentos normativos.

Presos a estilos de vida

Verificamos que os resultados dessas políticas de mudança de comportamento, até agora, têm sido bastante limitados e decepcionantes. O problema, escreve Kris de Decker, é que essas políticas de mudança de comportamento baseiam-se no na constatação das pessoas fazerem o que fazem essencialmente por uma questão de escolha individual. Mas o fato de a maioria das pessoas comer carne, guiar viaturas ou estar conectado à rede elétrica não é apenas uma questão de escolha: as pessoas estão realmente presas a estilos de vida insustentáveis. O que fazem está condicionado, facilitado e limitado por normas sociais, políticas públicas, infra-estruturas, tecnologias, mercado, cultura … Como indivíduo, podemos, por exemplo, comprar uma bicicleta, mas não podemos desenvolver a infra-estrutura como as pistas cicláveis.. Se os dinamarqueses ou holandeses usam a bicicleta mais do que os outros, não é tanto por eles serem mais conscientes ambientalmente do que outros, é porque eles têm uma excelente infra-estrutura ciclável, porque é socialmente aceitável andar de bicicleta e porque os automobilistas são muito respeitosos das bicicletas, especialmente desde que o consutor de uma viatura é sempre considerado responsável em caso de acidente, mesmo que seja o ciclista que tenha cometido um erro. Sem essa infra-estrutura de suporte, podemos constatar que é mais difícil conseguir que um grande número de pessoas ande de bicicleta. Da mesma forma, os particulares não têm a possibilidade para modificar a velocidade da rede Internet ou de reduzir o fluxo energético com origem na central de que depende. “Se os indivíduos podem fazer escolhas pró-ambientais individuais com base em seus valores e atitudes, e inspirar os outros … eles não têm oportunidade de agir em estruturas que facilitem ou limitem suas opções.” As políticas comportamentais remetem os indivíduos para o nível da responsabilidade individual e para processos de culpabilização, exonerando as responsabilidades políticas e económicas das instituições.

Por Hubert Guillaud | Transition écologique : nous ne pouvons pas (seulement) la faire nous-mêmes ! Transcrito e traduzido de IntenetActu.Net

 

 

Cestaria de Gonçalo

Quando se evoca Gonçalo podem emergir inúmeras referências à cabeça, desde Gonçalo M Tavares da arte da escrita até Gonçalo Guedes da arte do pontapé na bola. E claro Gonzales Pérez o Secretátio Real de Carlos I e Filipe II de Espanha que no entendimento de alguns poderá estar na origem desta denominação tão peculiar para uma localidade situada nas costas da serra.

Capital da cestaria

Gonçalo ostenta o título de Capital Europeia da Cestaria. O seu passado como território marcado pela produção de cestaria não deixa dúvidas: mais de 250 pessoas trabalharam anos a fio na cooperativa que organizava a produção local e que transformava esta arte em mais – valias económicas e sociais para a população local. Mas as coisas mudaram. Hoje são apenas alguns veteranos que mantêm activa esta relação criativa com o vime e a verga e que prologam um passado glorioso que marcou a vida e as famílias da terra.

O Helder, com idade menos avançada que os restantes, não perde a esperança e apresenta projectos de formação e produção de cestaria para pessoas com mobilidade reduzida. Apoiado por um projecto dinamizado pela ADM Estrela no âmbito do programa transfronteiriço POCTEP vai frequentar uma acção de formação com outros cesteiros da zona raiana e terá por missão recuperar algumas dinâmicas do passado.

Memórias

A paixão pela cestaria, na terra, é grande. Basta ouvir todos aqueles que este sábado dia 18 de agosto de 2018 participaram nas Oficinas que tiveram lugar no Festival da Cestaria de Gonçalo – Cultura e Arte. As memórias atravessam todos os agregados familiares e mesmo para aqueles que partiram para outras terras declaram de forma categórica “Há coisas que não se esquecem!”.

O futuro da cestaria em Gonçalo, que se encontra numa fase de transição, vai depender do esforço dos actores do território que necessariamente terão que desenhar uma nova estratégia que terá que passar pela Cooperação (principalmente com as actividades turísticas) e pela introdução de mais – valias nos produtos que deverão passar a integrar a sua dimensão identitária na relação com os potenciais clientes.

Carlos Ribeiro, 20 de Agosto de 2018

 

 

MAUS FÍGADOS

Uma das consequências negativas da comunicação proporcionada pela Internet, em particular pelas redes sociais, prende-se com a facilidade com a qual cada um(a) emite opinião, sustentada ou não, refletida ou não, a qualquer momento, seja onde for que esteja, e sobre todo e qualquer assunto. Considero que a facilidade é globalmente positiva, embora proporcione também bastantes incompreensões e, muitas vezes, a circulação de boatos e de mentiras. É uma realidade que não mudará rapidamente, com a qual podemos ou não conviver. Penso, ao contrário de algumas pessoas, que sair daqui correndo a sete pés tem muito mais resultados negativos que positivos.

O ideal será encontrar um ponto de equilíbrio, aceitando que jamais podemos fazer-nos entender por toda a gente ou agradar a gregos e a troianos. Definindo então as nossas próprias regra, de forma a que nos sintamos confortáveis, circulando por este território com proveito. Fugir dos energúmenos e idiotas é uma regra básica: é gente com a qual a maioria de nós jamais conviveria na vida real e não vejo motivo para aceitar fazê-lo aqui. Lido muito bem com isso, ou não escrevesse de forma pública desde há 48 anos e não estivesse ativo na Internet desde 92. Em regra, nem olho para essa gente, e quando ela me impede o caminho, removo-a tranquilamente.

Já é muito mais complexo, e admito que difícil, conviver com pessoas que em regra podemos considerar cultas, educadas, inteligentes e, tantas vezes, disponíveis e respeitáveis nas áreas em que vivem e trabalham, e onde emitem opinião, mas que aqui se comportam como aqueles sujeitos pequeninos e tímidos, sempre a pedir desculpa por existir, que ao volante do automóvel se transformam em ferozes trogoloditas. Vemos então a facilidade com a qual essas pessoas, à menor divergência, ou ao mais pequeno erro, e sobretudo se o preconceito as cega, são capazes de insultar e caluniar outras sem sequer lhes darem o benefício da dúvida.

Não me queixo deste comportamento aplicado a mim mesmo, embora ocasionalmente ele tenha ocorrido, mas incomoda-me a forma como o vejo por aqui, tendo por alvo pessoas que conheço e respeito – mesmo divergindo delas algumas vezes -, na forma de ataques pessoais, ‘ad hominem’, lançados sem contemplações. Normalmente generalizam críticas a partir de preconceitos de natureza política, social ou cultural, e não consideram a complexidade humana: a dos outros e a nossa. Incluindo a faculdade de enganar-se ou de errar. Trata-se uma marca de desumanidade e de ignorância, que confunde assertividade com comportamento trauliteiro. Só faz mal ao fígado e à qualidade de existência. De todos e de cada um(a).

É claro que isto não exclui o combate a sério, também neste espaço, sobre causas e assuntos que valham mesmo a pena. O que me parece mal é quando a crítica é desnecessária ou conduzida de forma fútil e precipitada, por vezes até num tom de desnecessária violência, desviando-nos do que é importante – raramente a pessoa a ou b – e fazendo-nos gastar tempo, energia e paciência, tão precisos para as batalhas necessárias. E para viver a vida, já agora.

Autor: Rui Bebiano, Professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; Investigador do CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Publicado no facebook 13 de Agosto de 2018

Dia europeu para comunidades mais sustentáveis

The European Day for Sustainable Communities is a celebration of local communities taking action for a better, more sustainable world.
It gives local communities an opportunity to join with others to showcase their work and inspire the wider public

O Dia Europeu para Comunidades Mais Sustentáveis é uma celebração das comunidades locais que tomam medidas para um mundo melhor e mais sustentável.
Dá às comunidades locais a oportunidade de se unirem a outras pessoas para mostrar seu trabalho e inspirar o público em geral.

Visite o site com mais informações DAY FOR SUSTAINABLE COMMUNITIES

Carlos Ribeiro / 10 de Agosto 2018

Le souffle de la révolte

Troisième volet de la trilogie de Nicolas Beniès sur la place du jazz dans l’histoire du XXe siècle.
Dans notre collection «musique en livre», Nicolas Beniès a précédemment étudié la période de bascule de 1959 dans «Le Souffle bleu» (épuisé, en ré-édition, parution cet automne). Puis il nous a livré son regard sur le jazz durant l’occupation et à la libération dans «Le souffle de la liberté» (https://cfeditions.com/souffle1944).
Le présent ouvrage, «Le souffle de la révolte» (https://cfeditions.com/souffle_revolte) parle des « débuts » du jazz et de sa relation avec les mouvements sociaux, artistiques, littéraires qui ont secoués les années vingt et trente.
Le jazz arrive en France en 1917 dans les bagages de l’armée américaine, et connait immédiatement un grand succès populaire. Entre les deux guerres, pour tous les jazzmen et jazzwomen, Paris reste la capitale mondiale de l’accueil des artistes. Le jazz s’infiltre dans les autres arts, notamment la littérature. Durant ces années, le jazz, qui se transmet via l’explosion industrielle du gramophone, demeure un authentique travail artistique, chaque performance étant unique et dotée de l’aura d’oeuvre d’art que lui offre l’improvisation. Ses interprètes réinventent tous les instruments pour les faire sonner différemment. Et le jazz construit le melting-pot culturel, au point de devenir la musique spécifique des États-Unis, par delà le racisme qui perdure.
Le jazz est un anti-art qui rythme l’esprit de l’époque et libère les corps. C’est la musique de cette révolte qui agite le monde depuis la révolution en Russie jusqu’au Front populaire.
Le livre est disponible :
– par commande auprès de votre libraire favori
– sur les grandes librairies en ligne
– directement auprès de C&F éditions sur le site (https://cfeditions.com)

Silly season

Será possivel dizer mais alguma coisa sobre o celebérrimo “caso Robles”?
O que eu percebi foi que ele não cometeu nenhuma ilegalidade, que é verdade que houve notícias falsas (até mais Fake news na linha Trump), que o negócio não existiu, que ele se demitiu e, outras consequências políticas.
CRIME? talvez investigar porque é que a Segurança Social fez uma venda tão ruinosa para os interesses da instituição.
Alguns analistas já começaram a elogiar a capacidade negocial de Robles com o lucro que poderia ter atingido. Infelizmente a vendedora falhou…
Será que Robles vai ser atraído para os braços da direita, desejosa de ter gente capaz de “arrebanhar” dinheiro em toda a parte? Não, evidentemente. Porque ele cometeu um verdadeiro CRIME que foi demitir -se. Não era digno para enfileirar ao lado da Mafia Cavaquista de eterna saudade, que nunca se demite e sempre fica impune. O que se aponta ao Robles é que quem faz a defesa da habitação para todos nunca poderá entrar nesses negócios. Até que enfim que estou de acordo. Porque muito simplesmente acabará de explicar porque motivo a direita nunca defende os interesses do povo, do PAÍS. Porque a sua ida para a “politica” é para negócios, falências fraudulentas, off-shores e etc. O lado cómico do assunto é ver e ouvir essa gente indignada e ferida na sua sensibilidade com o atrevimento do Robles. E o caso do BE? Tenho dúvidas se a Catarina devia fazer auto-crítica.
Mas isto não interessa, porque o jogo político a sério ainda não comecou.

Don’t forget….silly season….

Helder Costa, 4 de Agosto de 2018