No dia 14 de Abril, no âmbito do 3° Encontro de Teatro Comunitário de Almada, Portugal, saí de Porto à Lisboa para assistir ao espetáculo Ensaio Sobre a Cegueira, do Projeto Teatro de Identidades, com direção de Rita Wengorovius. O espetáculo foi resultado de um processo artístico-pedagógico gerado pelo encontro de estudantes do Mestrado de Teatro e Comunidades, da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, com idosos.
Os desafios deste tipo de práticas, referentes ao fato incluir idosos com limites físicos, quadros de saúde comprometidos pelo Alzheimer, entre outros reflexos típicos desta fase da vida, frequentemente colocam os trabalhos teatrais com este público no interior de uma armadilha que tende a vitimização e a reprodução de um olhar que não é o dos idosos. O que eu vi neste espetáculo foi justamente o contrário. O Ensaio sobre a Cegueira, inspirado na obra de Saramago, foi construído a partir das potencialidades de cada um dos idosos que estavam no palco. A profanação de muitas práticas teatrais com estes públicos, geralmente um teatro de limitações, ocorreu pela construção de um teatro de potencialidades.
Diálogo com os corpos
O maior feito deste espetáculo foi o olhar para cada um dos participantes, conseguindo superar o mero conteúdo e criar uma forma própria, através de cada uma das potencialidades daqueles corpos. A presença dos estudantes do Mestrado de Teatro em Comunidades foi essencial na cena, estabelecendo um contato de parceria com os idosos, sem incorrer no erro de se tornarem os protagonistas da ação cênica. Todo o roteiro e movimentação das cenas foram construídos em diálogo com os corpos, cuja coletividade se constituía por gestos, movimentos e ações conseguidas por todos. Para quem não decorava textos, a dramaturgia se compôs a partir de frases ditas pelos estudantes e repetidas pelos idosos, de forma que isto de fato fosse cena e fizesse sentido para além de um texto repetido só para estar na boca dos participantes.
A cegueira dos sentidos
A comicidade presente no espetáculo, muito bem explorada e apropriada por todos, brincava com as limitações e doenças típicas da velhice, tornando o espetáculo também um gesto de reconhecimento das identidades de todos e de um olhar para o envelhecimento como mais um processo da vida – fase pela qual todos vamos passar. Para além dos idosos, a cena recebeu um participante cego, agregando uma dimensão muito mais profunda ao trabalho e um olhar diferenciado para o título de Ensaio sobre a Cegueira, deslocando o sentido de uma cegueira visual para algo muito mais amplo: temos olhos, mas muitas vezes não enxergamos. Temos ouvidos, mas muitas vezes não somos capazes de ouvir. Temos tato, mas muitas vezes não sentimos o que tocamos. A cegueira dos sentidos, das nossas sensibilidades, da negação dos nossos processos de vida, entre outras coisas, era a Cegueira que este coletivo estava tratando na cena. Uma cena de potências, capaz de agregar todas aquelas humanidades e presenças, compreendendo a igualdade de cada um dentro das diferenças. E esse é um dos maiores desafios dos nossos tempos, poder falar de igualdade nas diferenças. Ter espaços capazes de agregar todas as identidades e pluralidades.
Agradeço a todos os envolvidos neste projeto pela experiência, pela recepção tão afetuosa e pela oportunidade de ver que é possível pensar um teatro em que caiba toda a gente.
Wellington Oliveira, Arte-educador, professor de teatro e encenador, Doutorando em Educação Artística na Universidade do Porto, Mestre em Artes pela Universidade de Brasília – Brasil.
Há um projecto a querer que os portugueses se encontrem, conversem e realizem acções apaixonantes relacionados com o património, ou melhor, com os patrimónios.
Pôr pessoas e entidades em contacto, ultrapassar as barreiras das instituições, favorecer as ligações informais e produzir iniciativas que valham a pena, eis a fórmula que Lúcia Saldanha do MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado está a concretizar através de pequenos encontros dinamizados na modalidade de World Café . Agir em pequenas redes, de forma informal e formal e procurar resultados concretos constituem metas a atingir por parte da rede de parceiros que se encontra em processo acelerado de crescimento.
O Portugal entre Patrimónios tem um espaço informativo na Net. Acompanhe, contacte e colabore; os patrimónios e o Portugal que vai vivendo no meio deles, agradecem.
ONTEM 23 DE ABRIL FOMOS BEBER CAFÉ, no salão de chá! No World Café do projecto Portugal entre Patrimónios, a EMERGE de Torres Vedras e a Casa da Avó Gama acolheram este encontro muito informal sobre Educação na Arte. Como o serviço era só ao balcão, os participantes ocuparam as mesas do magnífico Salão de Chá e, em Livre-Serviço, fizeram rodar pelos grupos perguntas impertinentes cujas respostas constituíram excelentes pretextos para conversas sem fim. No final a arte contemporânea, o património, a educação para a cultura, a educação comunitária, as identidades dos territórios, as escolas e os professores criativos e facilitadores e tantas outras referências foram dar à aldeia do Barata Moura que nos relembrou que há sempre alguém com uma grande IDEIA .
A semana passada, no Palácio de Cristal (dia 8) e no Fórum Cultural de Ermesinde (a 11 e 12), debateu-se a descentralização. O tema não é atrativo e em 1800 caracteres não se pode dizer muito. Apesar disso, arrisco a partilha de algumas das ideias que adquiri:
– Nos países da OCDE, a governação descentralizada tem uma correlação positiva com o crescimento económico e com menos corrupção;
– Como o essencial é governar melhor, os governos locais devem assumir as tarefas que podem fazer melhor que o Estado Central. Mas, importa considerar que o local é pequeno demais para promover novas respostas às necessidades das pessoas, instituições e PME e que o nível central é incapaz de adotar políticas multisetoriais adequadas a cada território. A criação de regiões é por isso necessária e não porá em causa uma unidade nacional muito forte;
– Não se deve confundir descentralização com autonomia. Com a descentralização o que se visa é uma parceria entre níveis de governo para a gestão conjunta do país, orientada pela melhoria da eficiência e reforço da democracia;
– Os referendos devem ser evitados em assuntos sobre os quais a maioria das pessoas não revela interesse e que, como no caso da criação de regiões, não sejam mais relevantes que a criação do poder local, ou a adesão à União Europeia e Zona Euro;
– A reforma da organização do Estado deve considerar não apenas a articulação entre escalas, como o reforço das redes e a cooperação com instituições. Sem esquecer a eliminação do distrito, atual espaço eleitoral e de organização geográfica dos partidos políticos, para evitar o exemplo francês (de excesso de níveis), sem cair no finlandês (que procura agora nas regiões a solução para os grandes municípios, responsáveis por 80% da despesa nacional).
Crónica semanal no JN reproduzida com autorização do autor
Passámos da Geringonça Silenciosa (adivinha-se que não sabendo como funcionaria esta máquina desarticulada da democracia pós-regime salazarista, o Homem do Monóculo terá pensado que deveria ser um Novo Estado Novo e que os acordos a estabelecer deveriam ser com uma tal maioria silenciosa. Tratou-se de uma Geringonça muda e queda cuja obra principal foi assassinar Luís, o soldado do RALIS);
a Geringonça Einsensteiniana (se a democracia é de Outubro, lá diz a história de 17, como poderia esta máquina saída do 28 de Setembro avançar para o mês seguinte com acordos minimamente estáveis se as ruas , as embaixadas, as casas, as cooperativas agrícolas, os navios do Tejo, muitas escadarias para subir e descer, com o sem carrinhos de bebé, com o povo de capacete amarelo, sereno, perante a fumaça no Parlamento, se tudo isto estava em ritmo de Potemkine, o nove provou que era mais que cinco, a divisão deu zero e o nove ganhou balanço e lançou os chaimites na Amadora. Foi sol de pouca dura, dizem alguns e, água mole em pedra dura tanto bate até que fura, vaticinam outros);
a Geringonça do Bolo Rei (com cimento a escorrer a torto e a direito(a) e alcatrão a ligar as cidades, quer elas quisessem quer não, os acordos possíveis foram os da Figueira, mas como os figos do Diabo ou da barbaria não servem só para as infecções urinárias, eles deram força força ao Engenheiro Agrário de Santarém que colocou a rosa em maus lençóis).
Tivemos ainda a Geringonça das Gravuras uma nova fórmula para agregar e de juntar num Colectivo Nacional de nadadores salvadores porque “elas não sabiam nadar!” e o dique definitivo na barragem abriu as pontes do RMG, da educação para todos, do parque entregado às nações e de uma nova moeda cunhada diretamente nas Caixas Multibanco);
seguiu a Geringonça do Ilegítimo, depois da fuga para Bruxelas do pai que queria era ser Sachs, aquela máquina ferida de morte, foi testada no Estoril, mas explodiu por falta de comparência do piloto);
a Geringonça do Grego, foi iogurte cremoso nos primeiros tempos e não faltou Me(taxa) para celebrar os investimentos do Basílio, O Lehman Brothers redistribuiu as cartas a meio do jogo e, como sabemos, meter combustível no incêndio globalizado, arruinou gregos e troianos).
Por isso a seguir veio a Geringonça Troikiana, que era já cavalo de Troia do Bennan e lançou o fogo na pradaria para colocar o país no Top Ten do “melhor país para deslocalizar cá dentro (da UE)”.
Depois aconteceu a Geringonça que está. A legítima, A Geringonça PPP , não por ser uma parceria público-privada mas por ter por lemaPrimeiro Pensamos no Povo.
A intenção de apresentar um balanço para um período de actividade de dois anos é muito positiva e esta avaliação, a meio caminho, poderia até suscitar alguma reflexão sobre uma iniciativa que é da maior importância para o desenvolvimento do país e o bem-estar dos portugueses.
Tudo indica que o assunto foi tratado em círculo fechado e na base de dados meramente quantitativos, informações e estatísticas que permitiram aos responsáveis e protagonistas das acções levadas a efeito afirmar com grande satisfação: “missão cumprida! Estamos no bom caminho para atingir as metas apontadas para o final do Programa, ou seja, a inscrição de 600.000 adultos!” Para este efeito fizeram fé os 315.000 que foram registados nos 300 Centros Qualifica espalhados pelo país.
Qualificar é preciso
O relançamento de um Programa para os adultos portugueses terem acesso a dispositivos de educação e formação, outros que aqueles que integram o sistema formal de ensino e formação profissional, deve ser valorizado porque exprime uma política pública inclusiva visando alargar o campo de oportunidades a todos aqueles que não puderem, pelas mais variadas razões, concretizar o percurso de qualificação que poderiam e eventualmente desejariam, a seu tempo, ter realizado.
Nestes termos a organização de equipas e centros especializados para intervir nesse domínio específico constitui uma aposta plenamente justificada e o investimento de 200 milhões de euros, de fundos comunitários, um valor bem utilizado na educação e na qualificação.
Os conceitos, esses chatos que podem incomodar
Se nos ficarmos pela rama e à superfície deste processo necessariamente complexo poderemos partilhar da satisfação que os resultados anunciados provocam. Se entendermos que a matéria exige um pouco mais de profundidade teremos que adiantar algumas notas, sobre alguns conceitos-chave nomeadamente sobre as noções de resultado e de impacto e ainda sobre a relação deste quadro de actuação com o desenvolvimento sustentável.
Adiantamos de seguida algumas notas sobre mitos e utilizações enviesadas de conceitos estruturantes e comentamos algumas práticas que, eventualmente, poderiam melhorar.
Sacré Charlemagne!
Desde logo o slogan NUNCA É TARDE PARA APRENDER. A sua utilização como referência central radica na própria negação do sentido fundamental do programa. Porque o que se pretende em primeira instância é valorizar o que o ADULTO JÁ APRENDEU e em segundo lugar porque as aprendizagens realizam-se em todos os contextos de vida e NÃO PRINCIPALMENTE NOS CENTROS QUALIFICA. No fundo há aqui uma recuperação de uma ideia de fundo que é a do REGRESSO À ESCOLA. Ou seja, não seria demasiado tarde para regressar aos bancos da escola.
Importa resistir a essa tentação escolarizadora do sistema, resistência tanto mais difícil quanto a localização da grande maioria dos Centros ser nas escolas e o próprio ambiente condicionar as melhores intenções que possam existir de uma abertura do sistema ao não-formal e informal da aprendizagem.
O que é parcial é (pode ser) bom!
Uma segunda referência, que importa interpelar, consiste na dinâmica “certificadora” nos processos de RVCC. Sendo um processo de validação de adquiridos pela experiência, o mais natural do mundo, será que os adultos – candidatos a uma certificação vejam as suas competências validadas, as que corresponderem ao enunciado do Referencial de Competências, mas que o processo de certificação acabe por ser preenchido apenas parcialmente atendendo às competências demonstradas. É O MAIS NORMAL DO MUNDO e um adulto que vê validadas competências para TODAS AS ÁREAS EXIGÍVEIS para concluir o processo de certificação (que sabemos estabelece uma equivalência aos diplomas de base escolar e profissional) é no mínimo “empurrado” para algo que ele próprio não acredita e que o coloca numa situação auto-avaliativa de desvalorização do seu esforço e da sua dedicação. Prevalece, em muitas destas circunstâncias, uma cumplicidade informal em torno de um objectivo meramente pragmático “obter um certificado” e desaparece o valor do desenvolvimento pessoal e simultaneamente o próprio valor social das competências que se diluem numa nova expressão da promoção social através de um diploma.
Ai! formação, formação!
Uma terceira referência prende-se com o mito da formação. Instalou-se a ideia que a formação, como processo participado e/ou assistido pelo adulto, desenvolve competências. Um equívoco dramático, que serve as estratégias “formalistas” da “caça às evidências” para justificar complementos formativos para os processos de certificação. Importa relembrar que estamos a lidar com COMPETÊNCIAS, ou seja, a demonstração na acção da capacidade de enfrentar e resolver situações problemáticas mobilizando conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas às situações concretas e contextualizadas.
A formação pode ser útil ou até profundamente inútil (muitas vezes, quando decorre em ambiente escolar, fortemente orientada pela figura professoral, aumenta o sentimento de impotência e reforça a necessidade de mobilização de recursos internos para desempenhar o papel de “formando”) mas não pode ser a base para validar competências, tout court.
Experiências com valor transformador
Uma quarta referência tem a ver com o quadro de participação nas actividades que são proporcionadas aos adultos. Predomina a lógica da OFERTA (o que temos para OFERECER aos “utentes/clientes”), sessões, visitas, formação…. A base de actuação poderia estar focada na organização de acções em torno de projectos orientados para a resolução de problemas dos próprios adultos participantes. E, cada um-a poder encontrar nas ações em desenvolvimento algo que seja importante e prioritário para a sua própria vida. No centro do processo pedagógico/andragógico deveria estar a acção e a possibilidade de viver experiências com valor transformador.
Educação comunitária, para comunidades sustentáveis
Uma última referência relaciona-se com o esforço que importa realizar para integrar as dinâmicas dos Centros nos processos de Educação Comunitária local. A ligação às associações, aos clubes, aos grupos de teatro, às escolas de dança e de música torna-se essencial. A título de exemplo podem ser co-construídas peças colectivas de Teatro Comunitário e serem dinamizadas iniciativas concretas relacionadas com o desenvolvimento sustentável como a produção de artesanato a partir de objectos reciclados. A paixão pela aprendizagem, pela leitura, pela cooperação, pela partilha e pelo sentido de comunidade tem que ser incentivada. Caso contrário os Centros tornam-se lugares tristes e acabam por imitar muitas das situações que os alunos mais jovens conhecem nas suas escolas “aborrecer-se de morte nas aulas” quando há tanto para aprender e viver, de forma entusiástica, na relação com o conhecimento.
600.000
600.000 até finais de 2020. Inscrições. Mas quantos processos de desenvolvimento pessoal e comunitário que acrescentam valor e que se inscrevem nas dinâmicas do desenvolvimento sustentável? Opção entre resultados sem (ou com pouco) impacto social ou impacto social através de resultados que importa atingir, para que o impacto seja efectivo.
Não vou falar do incêndio de Notre Dame. Foi um acidente – dizem – e haverá a recuperação do monumento. Quero falar de um mosteiro em Itália, dito COLLEPARDO, de um pequeno povoado de angélico nome Parisis.
Steve Bannon Acontece que esse mosteiro já é a base de uma Escola- Universidade? onde Steve Bannon vai ensinar o nazismo, o populismo e como trabalhar com mentiras, falsidades e intrigas. Este ex- Goldamn Sachs e conselheiro do Trump assumiu descaradamente que viria ressuscitar o nazi -fascismo por toda a Europa. E por aí anda impunemente reabilitando Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e outras figuras das trevas da II Guerra Mundial!
Ataque ao euro Em 2014 deu uma conferência dentro do Vaticano…talvez o reaparecimento da múmia Benedito anunciando que a pedofilia e os abusos sexuais se devem ao Maio de 68!!!( tanto medo dessa data!!!), e a insistência sobre a escravatura a que a comunidade Europeia submete os países, e o ataque ao € uro clarifique o verdadeiro plano do imperialismo USA…atacar a Europa, liquidando a sua moeda e . se necessário fòr, criar guerras localizadas. O que foi a destruição da Jugoeslávia? um ataque a um país forte que iria integrar a comunidade! E o ódio ao €? a defesa total do dólar. Saddam Hussein e Kadaphi foram liquidados porque queriam abandonar o dólar.
Vigilância Tudo isto implica uma enorme vigilância e mobilização para as eleições Europeias que estão a ser o alvo preferencial da actual campanha nazi. Usarem a democracia para se infiltrarem, destruir o projecto do interior e…ainda por cima fazerem o sale boulot continuando a serem bem pagos..como Farage, Bolsonaro e outros capangas. Basta de passividade. A defesa da PAZ exige mobilização e atenção permanentes.
Começa já em Maio e vai contar com várias sessões e actividades formativas que serão dinamizadas por formadores dos vários países que constituem o consórcio do projecto Erasmus+ @upaepro (Percursos de melhoria de competências para os profissionais de Educação de Adultos). Uma das referências centrais do Programa é a Iniciativa Upskillimg Pathways e estão previstas abordagens aprofundadas a outras iniciativas de política para a educação de adultos a nível europeu.
“Inovar, aprender, partilhar, agir!
O curso vai abranger exemplos de trabalho como o reconhecimento e validação de de competências, aprendizagem à medida do aprendente e competências básicas. Se é educador ou formador em educação de adultos, membro de uma equipa de trabalho ou está envolvido na elaboração de políticas, este curso é indicado para si. A língua de trabalho será o inglês e a formação é totalmente gratuita. Pode participar em sessões individuais ou em todo o curso.
As três primeiras sessões on-line serão realizadas em maio, subordinadas ao tema ”Visão geral das políticas e advocacia da Educação de Adultos na Europa”. A primeira sessão será no dia 6 de maio às 11:00 CET (10h em Portugal) e é organizada pela EAEA.
Este curso decorre de um projeto ERASMUS + coordenado pela Escola Profissional Amar Terra Verde, em Parceria com:
As sessões do curso são organizadas e dinamizadas pelos elementos do consórcio ou por elementos convidados por estes. Os participante serão educadores de todo o mundo que poderão interagir entre si e com os formadores. Esperamos por si!
European Association for the Education of Adults (EAEA) @EAEA2020
NVLDialogWeb @NVLDialogWeb
Glokala Folkhögskolan @Glokala
Learning & Work Institute
Kansanvalistusseura @Kansanvalistusseura”
Fonte : Escola Profissional Amar Terra Verde, Foto/ilustração EPATV
Constituído por três mesas redondas, as #Jornadas INTERACT são o principal momento de todo o projeto desenvolvido na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O principal objetivo é divulgar a investigação realizada ao longo dos três anos do projeto junto de instituições públicas regionais e nacionais e dos parceiros estratégicos para os diversos setores. Agora que o projeto se encaminha para o fim, “a divulgação dos resultados obtidos e a interação com os empresários e agentes passa a constituir uma prioridade”, refere Rui Cortes, coordenador do projeto. O responsável considera as #04 Jornadas como uma “ótima ocasião para debater a importância da investigação face aos desafios que se colocam ao setor agrário no Norte do país. Não basta fazer excelente investigação: é preciso que seja conhecida e aplicada”, sublinha.
“Sustentabilidade Ambiental e Alterações Climáticas” é o tema da primeira mesa-redonda. Marcelo Fragoso, docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; e Pedro Beja, docente do CIBIO-inBio da Universidade do Porto são os oradores deste painel que se irá debruçar sobre “a manutenção da sustentabilidade dos ecossistemas” ao mesmo tempo que se tenta lidar com “desafios futuros” como as alterações climáticas.
A segunda mesa redonda contará com Francisco Pavão, presidente da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro; João Roquette, diretor executivo da Herdade do Esporão; e Rui Soares, engenheiro na Real Companhia Velha. Este painel terá como tema “Bioprodutos e Inovação Tecnológica” e centrar-se-á “no incremento tecnológico da região” através de novos produtos.
Por último, “Desertificação Rural e Coesão Territorial” será o tema da última mesa redonda do evento e conta com Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal; e Helena Freitas, docente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e que coordenou a Unidade de Missão para a Valorização do Interior.
As #04Jornadas INTERACT contarão ainda com uma sessão da apresentação dos resultados de todo o projeto com os responsáveis das linhas de investigação, os docentes Fernando Pacheco, Henrique Trindade e José Moutinho Pereira, e, ainda, a presença do Vice-Reitor da UTAD para área de Investigação e Inovação, Emídio Gomes.
O INTERACT é um projeto científico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), financiado pelo Programa Operacional NORTE 2020, integrante do acordo Portugal 2020, e por fundos FEDER da União Europeia, representando um investimento de 4,1 milhões de euros. Ao todo, tem três linhas de investigação (BEST, ISAC e VITALITYWINE), envolvendo mais de80 investigadores e 30 bolseiros. As Jornadas INTERACT são um evento anual, organizado pelo projeto, e que pretende ser “ponto de encontro” entre os investigadores e bolseiros do projeto e os stakeholders. Esta é a quarta edição do evento.
Fonte : Gabinete de Comunicação da UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Imagem FOTOS Utad . Rui Cortes rcortes@utad.pt
Ariane Mnouchkine é primeira-signatária de uma Declaração anti-censura e anti-inquisição que outros e outras protagonistas do teatro (Théâtre du Soleil) subscrevem afirmando, não se pode ceder à intimidação: essa é nossa responsabilidade comum hoje. O menor sintoma de servidão voluntária não seria perdoado e seria fatal para os artistas e, portanto, para os cidadãos que servem.
Os factos são conhecidos. No dia 25 de março, na Sorbonne, ativistas que se apresentam como sendo anti-racistas (ativistas da Liga de Defesa da África Negra, da Brigada Anti-Negrofobia e do Conselho Representativo de Associações Negras), bloquearam o acesso à representação de Suppliantes levadas à cena no quadro do festival Les Dionysies pelo helenista e dramaturgo Philippe Brunet (continua em francês…)
Pour Eschyle.
Les faits sont connus. Le 25 mars dernier à la Sorbonne, des activistes se réclamant de l’antiracisme (militants de la Ligue de défense noire africaine, de la Brigade anti-négrophobie et du Conseil représentatif des associations noires), ont bloqué l’accès à la représentation des Suppliantesmise en scène dans le cadre du festival Les Dionysiespar l’helléniste et homme de théâtre Philippe Brunet. Cette grave agression est survenue après que le metteur en scène eutété « interpellé » sur les réseaux sociaux, explique sur Russia TodayLouis-Georges Tin, Président honoraire du CRAN, qui employant un vocabulaire digne d’un tribunal ecclésiastique médiéval assène : « Je ne mets pas en doute ses intentions, mais nous disons : l’erreur est humaine, la persévérance est diabolique. » Au motif que les actrices qui interprètent les Danaïdes formant le chœur, des Égyptiennes dans la pièce, ont le visage grimé en sombre et portent des masques cuivrés, cela étant assimilé à la pratique du « blackface », il accuse Philippe Brunet de « propagande afrophobe, colonialiste et raciste». Il ajoute, dans son réquisitoire qu’« il n’y a pas un bon et mauvais “blackface”, de même qu’il n’y a pas un bon et un mauvais racisme. En revanche, il y a un “blackface” conscient et un “blackface” inconscient. » L’UNEF n’est pas en reste, qui exige des excuses de l’université, en termes inquisitoriaux : “Dans un contexte de racisme omniprésent à l’échelle nationale dans notre pays, nos campus universitaires restent malheureusement perméables au reste de la société, perpétrant des schémas racistes en leur sein. » Le 28 mars, après les réactions fermes de La Sorbonne, des Ministères de l’Enseignement Supérieur et de la Culture ainsi que d’une partie de la presse, dénonçant une atteinte inacceptable à la liberté de création, les mêmes étudiants commissaires politiques ont sécrété un interminable communiqué en forme de fatwa, exigeant réparation des « injures », entre autres sous forme d’un « colloque sur la question du “blackface” en France » : un programme de rééducation en somme, déjà réclamé par Louis-Georges Tin.
Aujourd’hui Les Suppliantes, Exhibit Bil y a quelques années, mais aussi, souvenons-nous, Romeo Castelluci accusé de blasphème par des activistes catholiques intégristes pour sa pièce Sur le concept de visage du fils de Dieu. La logique de censure intégriste et identitaire est la même, comme le montre le registre de vocabulaire employé par ces Juges autoproclamés du Bien et du Mal. À quand les autodafés ? Brûler Othello –pour le « blackface » d’Othello. Rappelons-nous que l’Église jadis excommuniait les comédiens.
« Le théâtre est le lieu de la métamorphose, pas le refuge des identités. »Philippe Brunet en une phrase exprime l’enjeu de cet art – de tout art : pouvoir se sentir être autre que « soi-même » –à travers des personnages, des histoires, et rejoindre ainsi toute l’humanité. « L’acteur, sur une scène, joue à être un autre, devant une réunion de gens qui jouent à le prendre pour un autre. » Auteurs, metteurs en scène, acteurs, nous sommes des passeurs hospitaliers. C’est cela notre tâche, aujourd’hui comme hier. Entre hier et aujourd’hui ; entre ici et ailleurs. Et c’est un travail, exigeant, patient, engagé. Tel Protée, « capable(s) de prendre toutes les formes, de mimer à son gré, par la vivacité de ses mouvements, la fluidité de l’eau ou l’ardeur de la flamme, la férocité du lion, l’agressivité de la panthère ou les mouvements d’un arbre – et bien d’autres choses encore » (Lucien de Samosate), il nous faut œuvrer à transmettreà tous et à faire partager cette troublante expérience de transformation/création. Une expérience, et une épreuve, à travers laquelle chacun d’entre nous, artistes comme spectateurs/lecteurs, peut apprendre ce que signifie que « rien de ce qui est humain ne lui [m’]est étranger ». Aux antipodes du catéchisme de la société prétendument « inclusive », qui en réalité fixe et cloître chacun dans une « identité » d’appartenance et dicte aux uns et aux autres la place qu’ils ne doivent pas quitter.
Ne pas céder face à ces intimidations : telle est notre commune responsabilité aujourd’hui. Le moindre symptôme de servitude volontaire ne pardonnerait pas et serait fatal pour les artistes, donc pour les citoyens qu’ils servent.
Paris, le 31 mars 2019
Premiers signataires
Ariane Mnouchkine, metteure en scène
Maguy Marin, chorégraphe
Sabine Prokhoris, philosophe et psychanalyste
Catherine Kintzler, philosophe
Cy Jung, écrivaine
Thierry Thieû Niang, chorégraphe
Florence Cestac, auteure
Liliane Kandel, sociologue
Laurent Olivier, archéologue
François Rastier, linguiste
Elisabeth de Fontenay, philosophe
Elisabeth Badinter, philosophe
Didier Deschamps, chorégraphe
Foto do site – rede social Filmow
Ariane Mnouchkine
Ariane Mnouchkine (Boulogne-sur-Seine, 3 de março de 1939) é diretora de teatro e cinema francesa, de renome mundial, fundadora do Théâtre du Soleil em Paris (1964), coletivo teatral que se instala na Cartoucherie de Vincennes em 1970. Uma diretora ligada principalmente ao teatro de vanguarda, sua vitoriosa trajetória representa um marco na entrada da mulher num mercado de trabalho majoritariamente masculino.
Sua produções no Théâtre du Soleil são frequentemente encenadas em espaços diferentes como ginásios, celeiros, porque Mnouchkine não gosta de estar confinada a palcos tradicionais ou ao palco italiano. Geralmente seus atores vestem o figurino ou colocam sua maquiagem em frente aos olhos do público. Seu trabalho de produção teatral tem como metodologia o processo colaborativo, que procura construir o espetáculo como resultado da interferência de todos os membros da companhia. Para ela o diretor teatral já alcançou um grande poder na cena e o objetivo de sua companhia é alcançar um outro patamar, criando uma forma de teatro onde será possível a todos colaborarem sem serem diretores, técnicos, etc.. Ela incorpora múltiplos estilos de teatro em seu trabalho, desde a commedia dell’arte a rituais asiáticos. Seu filme 1789 deu a ela projeção internacional, sobre a encenação teatral, tem como tema a Revolução Francesa. Em 1978 ela escreveu e dirigiu Molière, uma biografia de o famoso dramaturgo francês pelo qual ela recebeu uma indicação ao Oscar. Ela também colaborou com Hélène Cixous em duas filmagens feitas para televisão La Nuit miraculeuse e Tambours sur la digue, em 1989 e 2003 respectivamente. Ela também participou de L’Homme de Rio (O homem do Rio), em 1964.
Pais: Alexandre Mnouchkine, Jane Hannen Irmã: Joelle Mnouchkine
Carlos Ribeiro / A Praça das Redes – 7 de Abril de 2019
Depois de um enquadramento relativamente prolongado e de um debate que terminou fora de horas, estabeleceu-se um consenso em torno de uma ideia – força: este encontro no Sr. Chiado , realizado no passado dia 6 de Abril, no âmbito da Oficina Inforural de Abrantes, constitui-se como um ponto de partida para iniciativas futuras que deverão ter por tema central o desenvolvimento sustentável do concelho.
Um cenário mais amplo e mais estratégico é útil para abordar com outra perspectiva temas mais específicos que, se forem tratados isoladamente, podem afunilar as abordagens e limitar o campo das opções.
Foi por isso útil o quadro de referências que o Inforural introduziu na sessão sobretudo colocando em cima da mesa o tema da sustentabilidade e das suas variáveis fundamentais; a economia local, o ambiente, o social, o sistema de governança, a investigação- acção e as redes cooperativas.
Por outro lado a Tagus – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior através da sua Directora Executiva Conceição Pereira adiantou as diversas iniciativas e programas em curso que o GAL – Grupo de Acção Local promove e enquadra tecnicamente e que se dirigem aos actores económicos locais, sobretudo aos que se encontram na fileira da pequena produção agrícola e na comercialização dos produtos através de circuitos curtos (veja-se o caso do PROVE), abrindo horizontes para os apoios disponíveis e para a tipologia de projectos que se enquadram na EDL – Estratégia de Desenvolvimento Local.
Vale a pena pesquisar no site desta instituição todos os programas que estão a decorrer ou em fase de avaliação de candidaturas e ainda as iniciativas de animação territorial como é o caso dos mercados itinerantes.
Os que presenciaram a sessão tiveram oportunidade de apresentar dúvidas e de colocar questões que foram sendo abordadas de forma aberta quer pelos membros da mesa quer ainda pelos outros participantes.
Alguns temas de interesse local como a recuperação da feira franca e a requalificação do antigo mercado, assim como a pesquisa de novas funções para o espaço no qual decorre semanalmente a venda de produtos hortícolas e frutícolas, foram muito dissecados e desenvolvidos pelo lado do diagnóstico mas também em termos de proposta e das vias para implementar as soluções preconizadas.
Outros temas como o êxodo rural e as condições de instalação de novos residentes em territórios do chamado interior; o empreendedorismo local; as formas para viabilizar pequenas actividades económicas, com rendimento imediato para as famílias mais desfavorecidas, e a cobertura legal necessária para a sua viabilização; o comércio local e as tendências de evolução a curto, médio e longo prazo , estes e outros temas foram debatidos com uma grande abertura, verificando-se na sala uma grande diversidade de opiniões, aliás nem sempre convergentes.
No final da sessão foi dada nota num sentido favorável à continuidade deste tipo de encontros para que se cumpra, como referiu um dos presentes, a velha afirmação “da discussão nasce a luz”.